Confira a programação da XIX SEC 21 desta quarta-feira (18)

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O segundo dia da XIX SEMANA CIENTÍFICA (SEC 2021), promovida pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), trouxe uma programação online variada com os Momentos Carreira, Papo-Cabeça, Gratidão e Cultural.

MANHÃ

Durante a manhã, no Espaço Carreira, das 8h30 – 10h, ocorreu a conferência de GESTÃO DE CONHECIMENTO NA CONTABILIDADE, tendo como conferencista o Prof. Dr. Josimar Alcântara, UNIFSA, tendo como mediadora, a Profa. Ma. Lilane Mendes Brandão (coordenadora da Pós em Auditoria e Controladoria Aplicada ao Setor Público).

Também das 8h30 às 10h, ocorreu o painel “Educação das ciências versus a evolução tecnológica e o avanço  científico: impactos nas carreiras”, tendo como conferencistas, o Prof. Dr. José Roberto Castilho Piqueira (Universidade de São Paulo) e o Prof. Dr. Ronaldo Mota (Diretor Científico da Digital Pages e Diretor Acadêmico do Ituring), tendo como mediador o Prof. Dr. Aécio Lira (coordenador da Pós Gestão de Edificações e Obras de
Infraestrutura na Indústria da Construção).

O coordenador da mesa disse que o processo de uma instituição de ensino passa pela busca do que é considerado necessária para o mundo social, e o que se manifesta pelas profissões emergentes, resultado das inovações, como as das revoluções digitais.

Prof. Dr. José Roberto Castilho Piqueira

O primeiro a falar foi Prof. Dr. José Roberto Castilho Piqueira (piqueira@lac.usp.br), Professor titular EPUSP e Presidente do Conselho do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Ele discutiu o processo de desenvolvimento tecnológico que facilitou muitas das tarefas repetitivas e que antes exigiam grande esforço humano, foram absorvidas por tecnologias computacionais.

Entretanto, o professor contesta que um engenheiro civil possa projetar uma ponte só apertando botões, “se ele não souber marcar as forças, se não souber calcular os pilares, se não souber fazer, pelo menos, um esboço, ou como usar o programa que produz as opções de projeto”, questionou. Mas, para o estudante, o que há de novo?

“A ciência e a matemática estão invadindo os domínios do conhecimento das pessoas, a medicina, a administração, a contabilidade, mas o domínio da expertise é sempre soberana; não vai ser possível fazer um projeto e um diagnóstico de câncer de próstata apenas por inteligência artificial. O conhecimento médico tem que estar colado ao conhecimento da inteligência artificial”, disse.

Prof. Dr. José Roberto Castilho Piqueira

Para o professor, os novos profissionais devem dominar o conhecimento de suas áreas mas adquirir expertise em tecnologias. “Essa pondemia que estamos atravessando nos mostrou isso com clareza. Mostrou os professores devem entender estudantes como pessoas de cabeça aberta, e, não necessariamente de cabeça cheia. Ou seja: entupir aluno de conteúdo não é dar formação. É necessário abrir a visão do aluno para que ele possa perceber que os dados fazem parte da vida dele, mas que devem dominar os dados”.

Finalmente, o professor discutiu que um bom profissional segue um triângulo, com os seguintes vértices: Conhecimento, Ética e Generosidade. “O vértice do conhecimento: sem conhecimento não se faz nada. O vértice da ética: sem ética não se traz benefício coletivo. E o vértice da generosidade: não adianta nada a gente saber coisas só pra gente mesmo. Então eu completo com a seguinte mensagem: a transformação digital é fundamental, mas o conhecimento e a expertise de cada domínio continua sendo o núcleo duro do aprendizado e é fundamental ter a cabeça aberta em vez de ter cabeça cheia. Ética, conhecimento e generosidade fazem um profissional feliz com ele mesmo e útil pra sociedade”, disse.

Em seguida, foi a vez do prof. Dr. Ronaldo Mota discutir como as tecnologias estão afetando as carreiras profissionais. Diretor Científico da Digital Pages, e Diretor Acadêmico do Instituto de Profissionalização Digital/IPD, Ronaldo Mota é físico e doutor pela Universidade Federal de Pernambuco e Pós-Doutorado nas Universidades de Utah/Estados Unidos e da Columbia Britânica/Canadá.

“Eu sou da área da física, e a física do Século XX tem duas grandes vertentes, e elas foram muito distintas do ponto de vista da geração de tecnologias. A quântica vai gerar um impacto fabuloso, gerar o chip, os computadores, e é, portanto, inquestionável. Uma outra ciência tão importante quanto a quântica é a relatividade, que não gerou tantas tecnologias mas não foi menos importante. A tecnologia, por sua vez , pode muitas vezes gerar um protótipo muito interessante, com alto valor tecnológico, mas que, no entanto, nem sempre resolve um problema de demanda, como ocorre com a inovação”.

prof. Dr. Ronaldo Mota


Para o professor, é necessário entender o que foi o Século XX para compreender o Século XXI, que é marcado profundamente pelas tecnologias digitais. “No Século XXI, estamos submetidos ao que se chamam vórtex digital. O vórtex é um centro atrator no qual todas as instituições, todos os conceitos, todas as pessoas, todas as instâncias da sociedade são sugadas em direção a esse centro, e são transformadas e, de alguma forma, são reespelidas pra fora, não mais sendo as mesmas, mas transformadas”, refletiu. Para ele, o Século XX foi um século clássico. Começou com uma expectativa de vida na ordem de 43 anos, e em pouco tempo, esse dado foi profundamente alterado, subindo para em torno de 76 anos.

“Eu quero apontar dois aspectos que talvez elucidem o que houve quando mudamos o Século XX para o XXI, e quais são os desafios contemporâneos, especialmente para os profissionais que irão exercer suas atividades profissionais”, disse. Para o pesquisador, o Século XX foi “fantástico” porque foi baseado na ciência, tecnologia e inovação. “Isso era visto como uma cadeia linear. Então, o que é produzir ciência? É ir além do estado da arte em qualquer uma das áreas do conhecimento humano. A ciência demanda ser original, testado, comprovado, sob medida aos critérios daquilo que nós chama uso método científico. Nem todo conhecimento é conhecimento científico. O conhecimento científico é aquela pequena parte do conhecimento que foi submetida ao método, seja ao método baseado na observação, na lógica, na experimentação”, disse.

Nesse sentido, a inovação, do ponto de vista clássico do Século XXI, significa qualquer novo produto ou processo que resolve um problema ou que atende a uma demanda, gerando um protótipo tecnológico capaz de resolvê-los.

A característica do Século XXI não é mais gerar inovação que atenda a demanda; é gerar inovação que seja tão forte, tão impactante, tão massiva que ela possa gerar, por si, novas demandas. Inovações tão impactantes que gerem uma demanda. Ou seja, provavelmente você será convencido nos próximos meses ou nos próximos anos de que há um produto ou um processo que você não pode viver sem e que você sequer tinha ideia de que ele existisse.

Prof. Dr. Ronaldo Mota
Diretor Científico da Digital Pages e Diretor Acadêmico do Ituring

Também às 8h30, aconteceu a webconferância “Gestão de Conhecimento na Contabilidade”, em que o conferencista Prof. Dr. Josimar de Alcântara (UNIFSA) e a mediadora Profa. Ma. Lilane Mendes Brandão (UNIFSA), instigaram os participantes a refletir sobre os avanços tecnológicos e como eles devem ser vistos e utilizados como ferramentas de  auxilio no trabalhos dos contadores.

Profa. Ma. Lilane Mendes Brandão

A Profa. Ma. Lilane Mendes Brandão pontuou que as tecnologias muitas vezes são vistas como inimigas dos profissionais em uma realidade em que as máquinas substituem totalmente os serviços prestados pelos profissionais.

“São vistas como possibilidade de perda de emprego. Seria a introdução da indústria 4.0, que é exatamente a automação dos processos, Big Data, internet das coisas, a inteligência artificial. Na verdade, estamos vendo que são inovações e vieram pra ajudar o profissional. Não estão aqui pra substituir, não vão trocar o homem pela máquina, a máquina vai servir de suporte pra beneficiar o funcionário em atividades que antes eram exaustivas, difíceis de serem  realizadas. Estamos ganhando em produtividade e qualidade”.

Profa. Ma. Lilane Mendes Brandão

O conferencista Prof. Dr. Josimar de Alcântara (UNIFSA) buscou indagar os participantes se eles possuem receio ou boas expectativas em relação  as novas possibilidades que surgem com tantos avanços da ciência e destacou que o contador deve ter uma busca incessante pelo conhecimento e dessa forma irá agregar  valor na sua profissão ao seu desenvolvimento e atuação profissional.

Prof. Dr. Josimar de Alcântara

“A indagação nos leva a pensar na busca permanente pela inovação e também de renovar e se adaptar às novas realidades e novos conhecimentos. Então essa é a gestão inteligente. É isso que a gente procura no dia a dia. Os desafios estão aí para serem enfrentados. O futuro começa agora”.

Prof. Dr. Josimar de Alcântara
Profa. Dra. Aliana Barbosa Aires (UNIFSA) e Profa. Ma. Regiane Konopka.

A webconferência “Mídias Sociais, Varejo e Moda: perspectivas e desafios” iniciou às 10h e foi mediada coordenadora da Pós de Moda, Varejo e Comportamento do UNIFSA, Profa. Dra. Aliana Barbosa Aires, contando com um momento leve, cheio de experiências e ensinamentos repassados pelos conferencistas Prof. Esp. Ará Candio e Profa. Ma. Regiane Konopka.

A Profa. Ma. Regiane Konopka ressaltou o boom das mídias sociais e a relação com o varejo, o online versus offline e como eles se complementam na hora de criar uma experiência de vendas para os clientes.

Profa. Ma. Regiane Konopka

“Só não está entrando no online quem não pode ou quem vê que realmente não tem a ver com o seu negócio. O que eu vejo hoje muito dentro da análise dos negócios é a questão de que as vezes nós somos multicanal, e ainda estamos a anos luz do que deve ser. Essa questão da integração de canais é uma coisa que é muito importante hoje em dia. Varejo físico, online, vendas pelo Whasapp, a verdade é que temos os canais integrados, quando a experiência é a mesma em todos os canais e eles se retroalimentam. E vamos deixar claro, o online não vai acabar com o varejo físico, pois é nele que será criada a experiência, como um entretenimento”

Profa. Ma. Regiane Konopka

O Prof. Esp. Ará Candio deu um exemplo real de uma situação em que o produto e loja física não estavam bem comunicados no meio online.

“Eu comecei a fazer um levantamento para uma consultoria de uma rede de hábitos. Chegando nas lojas eu descobri que o produto deles é muito bom, achei muito bom, já tinha uma noção de coordenação. Daí sim todo levantamento no offline e quando eu cheguei para dar uma olhada no online eu percebi que aquele produto não tava a falando. A modelo que usada, nada era de fato o que tinha na loja. E fica clara uma situação que estava precisando ser modelada e trabalhado o multicanal”

Prof. Esp. Ará Candio

Às 11h, aconteceu mais uma palestra do Momento Gratidão, mediado pelo Prof. Me. Bernardo Melo Neto, UNIFSA . A Terapeuta Integrativa Lucienne Cerqueira e a Profissional de Educação Física e terapeuta holística, Aline Ribeiro, comandaram a palestra “Autoconhecimento, ciência e conexão”.

Prof. Me. Bernardo Melo Neto

A Terapeuta holística, Aline Ribeiro, realizou uma meditação guiada extremamente relaxante e profunda. Já a Terapeuta Integrativa Lucienne Cerqueira conversou com os participantes da Sec 21 sobre a importância da conexão, de se permitir ter mais momentos de experiências meditativas, se conectar com você mesmo e se reconhecer como um ser único e especial.

Terapeuta holística- Aline Ribeiro
Lucienne Cerqueira

“Agradeça por tudo, você se conectando com essa vibração da gratidão, você vai ver o quanto que sua vida vai mudar e se conecta com o amor, que é o nosso conector universal. Quando você esiver muito angustiado ou estressado, respira fundo, se conecta com teu coração e pergunta, o que o amor faria aqui? O que o amor faria? E aí escuta.

Lucienne Cerqueira

Também às 11h, aconteceu o Momento Papo-Cabeça coma escritora Carola Saavedra sobre a sua obra: O mundo desdobrável – Ensaios para depois do fim. O momento foi mediado pela Profa. Ma. Karoline Costa e Silva, UNIFSA. “O mundo desdobrável – Ensaios para depois do fim” é um livro de ensaios guiado por um clima apocalíptico que traz questionamentos e reflexões sobre o fim do mundo, literatura feita por mulheres, literatura indígena, ancestralidade, permacultura, psicanálise e vários outros temas.

A autora comentou que a obra já era um projeto seu há algum tempo, mas que ninguém sabia e quando surgiu o convite para publicar algum material seu, ela sabia que precisava concluir a obra.

Carola Saavedra

“Esse livro mistura coisas que eu li, coisas da minha vida, fala da minha filha, do meu pai, da minha família. Então, esse livro está sempre de uma maneira muito ligada a vida e a ficção, mas talvez num livro de ensaios como esse fique mais óbvio, que existe essa essa mistura”.

Carola Saavedra

Por ter nascido no Chile, morado no Brasil aos dois anos de idade, e ao longo da vida ter morado em vários outros países, Carola ainda comentou a relação da sua própria trajetória de deslocamento com o que escreve.

“Os personagens estão se deslocando, estão em busca de uma identidade e no livro de ensaios eu falo da minha busca pessoal. Aí você sai da questão de transformar aquilo em ficção e trazer pras suas próprias questões que passam por pertencimento, identidade, herança indígena, enfim, todas essas questões. Então eu acho que alí tem essa esses assuntos que é essa busca da identidade, eu acho que ela é muito forte em tudo que eu faço”, destacou.

Carola Saavedra

TARDE

À tarde, das 14h30 – 16h, no Momento Carreira, ocorreu a palestra “Sonho de ser Trainee: como se preparar?”, apresentada pelo Prof. Esp. João Marcos Luz, do Grupo O Boticário, tendo como mediador, o Prof. Me. Luís Henrique dos Santos Silva Sousa (Coordenador da Pós Engenharia de Produção e Gestão de Equipes de Alta Performance).

Também à tarde, ocorreu, de 14h30 – 16h, a mesa Magistratura, Advocacia, Defensoria Pública e Ciências Criminais, com o Prof. Esp. Carlos Augusto Arantes Jr, Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Cocal – PI, o Prof. Esp. Dárcio Rufino de Holanda, Defensor Público do Estado do Piauí, e o Prof. Wildes Próspero de Sousa, Advogado criminalista. A mediação da mesa era do Prof. Me. Juliano de Oliveira Leonel (coordenador da Pós em Ciências Criminais), mas que devido a compromissos de trabalho, foi substituído pelo Prof. Me. Gustavo Tupinambá, coordenador do curso de Direito no UNIFSA. Na sua despedida, o professor Juliano Leonel discorreu sobre como “todas as carreiras são muito importantes, mas a área criminal ganha um especial relevo, “porque é inegável que o processo penal é um um grande instrumento pra concretização do projeto democrático delineado pela constituição”, explicou.

Prof. Me. Juliano de Oliveira Leonel

O professor Gustavo Tupinambá disse que o momento carreira possibilitava a oportunidade de discutir um pouco sobre as carreiras jurídicas, falando sobre as oportunidades e desafios. “Precisamos discutir as carreiras jurídicas sob os mais diversos olhares, né? E discutiremos a partir do prisma da magistratura, da advocacia e da defensoria pública”, disse.

O Prof. Esp. Carlos Augusto Arantes Jr, Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Cocal – PI, disse que é juiz há, aproximadamente, 9 anos. “Comecei como estagiário; trabalhei na Polícia Civil, e, hoje, estou como magistrado na comarca de Cocal. Posso dizer que já passeu por todas as etapas do nosso processo penal, da fase investigativa como a fase da defesa, como da magistratura. Não tive o prazer de integrar o Ministério Público, mas como profissional, conheci bem a sua estrutura. E na época em que eu trabalhei na Polícia Civil, pude ter acesso a muita coisa que é prática de conhecimento do Ministério Público”, revela

Ao falar da carreira da magistratura dentro do estado democrático de direito, observa que, antes, cabia ao magistrado fazer o enquadramento legal, sem qualquer tipo de interpretação. “Ou seja, o magistrado tinha uma função eminentemente de corroborar a legitimidade do poder legislativo, ou seja, presumir-se que aquela lei, por ser legalizada e formalizada, seria válida e o juiz não teria a a liberdade e a independência de a criticar, de falar”, disse. Foi partindo dessa espécie de “limitação do papel do magistrado”, ou daquilo que chamou de “olhar um pouco restritivo”, o juiz advertiu que os estudantes devam conhecer “a realidade da magistratura”. E nesse sentido, comparou a magistratura a um casamento. “Para falar dos defeitos da magistratura, para que aqueles vocacionados, de fato, entrem na magistratura, devem saber os defeitos que existem, pra que possam, ter a coragem de entrar nessa carreira, já com os objetivos traçados, e pesados os defeitos. Eu falo com muita propriedade que essa é uma carreira em que a gente tem a oportunidade de transformar vidas. E é isso que me motiva”, disse.

Dárcio Rufino de Holanda, Defensor Público do Estado do Piauí, e o prof. Gustavo Tupinambá

Dárcio Rufino de Holanda, Defensor Público do Estado do Piauí, ressaltou a importância de quem se ocupa desse tipo de saber, o jurídico. Para ele, quem resolve seguir essa carreira, faz de disso um sacerdócio, “Por isso, a minha grande preocupação, hoje, é a mercantilização. Essa é uma preocupação central”, ressaltou.

Para o defensor, é legítima a aspiração dos profissionais de ter uma vida digna e decente, pretensões de um bom emprego, de uma vida digna. mas, no âmbito profissional é preciso nobservar as responsabilidades que as carreiras impõem. “É preciso pensar, por exemplo, no sentido ético do exercício dessas carreiras.essa coisa chamada saber jurídico”.
Para ele, hoje, no Brasil, as responsabilidades da defensoria pública são gigantescas, lembrando a importância da Constituição de 1988. “A Constituição da República é um documento belíssimo, belíssimo, mas não é perfeito, e nem poderia ser perfeito: é fruto de um pacto negociado, de um país que saía de uma ditadura civil-militar de 21 anos, e que não construiu uma Constituição a partir de uma genuína assembleia nacional constituinte, de uma ruptura revolucionária; construiu a partir de um congresso constituinte, e que, a rigor, devíamos falar disso em nossos livros de direito constitucional. Nós criamos um congresso constituinte, o que já é muita coisa, foi uma solução negociada e tudo, mas já é muita coisa. Se construiu uma base democrática razoável. Então, a constituição de 88 é um documento muitíssimo importante para todos nós operadores do direito”, defendeu.

Eu costumo na na correção de peças lá na defensoria, professor Carlos, Wilson, todo mundo. É sempre que os meus queridos estagiários, estagiários, assessores começam falando do código de processo penal (e isso é muito importante), falando de uma determinada lei específica e tal, mas, às vezes, não falam da Constituição. E eu digo: opa, mas peraí! Vocês esqueceram o que há de mais importante: vocês esqueceram a fonte de onde tudo isso nasce. Infelizmente,muita gente não tem a dimensão exata do que é um pacto constitucional e da importância de uma constituição para fundar efetivamente uma comunidade humana. E a defensoria pública, da forma como ela é concebida, hoje, é fruto desse documento constitucional, filha de 5 de outubro de 1988.

Dárcio Rufino de Holanda, Defensor Público do Estado do Piauí

Prof. Me. Edvan Carneiro Almeida e a engenheira Leonarda Feitosa Cajuaz Castro

Os diferenciais do coordenador de BOP (Balance of Plant Equipment) em tempos de pandemia foi o tema das 16h-17h30, apresentado pela Profa. Ma. Leonarda Feitosa Cajuaz Castro, Control Engenharia, com a mediação do Prof. Me. Edvan Carneiro Almeida (Coordenador da Pós Gestão e Projetos de Fontes Renováveis de Energia Elétrica).
Leonarda Cajuaz explicou que há, hoje, uma preocupação mundial com a quantidade de carbono que é expelido no meio ambiente, que diz respeito aos cuidados com sustentabilidade alicerçada em um tripé: o social, o ambiental e o econômico. “Então, eu não posso dizer que minha planta de geração fotovoltaica é, por si só, sustentável, pois ela precisa ambientalmente atender a todos os requisitos e, socialmente, ela tem que ter uma finalidade, um objetivo bem definido a ser atendido, enquanto, economicamente, ela tem que trazer os retornos que são esperados naquele projeto”, disse. Nesse contexto, o BOP (Balance of Plant Equipment) tem a função de ser integrativo, permitindo uma visão mais sistêmica da planta, inclusive com essas condições. Segundo ela, é preciso medir, inclusive, o impacto das grandes construções nas comunidades tradicionais. “Numa comunidade, que é muito isolada, e de repente, começa a chegar aquele bocado de carreta, passando nas ruazinhas de barro, levantando poeira pra todo lado, matando as galinha do povo, que estão acostumadas a ficar solta, e tem a questão da questão de saúde das crianças. Então, estas são preocupações que devem ser discutidas: a cultura local, o comportamento local, que deve ser observado, e não apenas na perspectiva econômica, de que vai trazer desenvolvimento pra região. Tem que ver o impacto ambiental e social”, disse.

Durante muito tempo, se pensou que o bom engenheiro era aquele cara que sabia programar o relé de forma efetiva sem dar problema. Ou então aquele cara que ia pro canto e colocava o transformador, aquele que virava noites e noites e o projeto saía a tempo. Isso mudou significativamente. E essa mudança vem porque existem habilidades e competências que precisam ser trabalhadas de forma mais específica.

Profa. Ma. Leonarda Feitosa Cajuaz Castro, Control Engenharia

Profa. Ma. Leonarda Feitosa Cajuaz Castro, Control Engenharia

NOITE

Profa. Ma. Wirna Maria Alves da Silva

No Momento Carreira, das 18h30 – 20h, ocorreu o debate sobre “Os desafios e avanços da justiça do trabalho em face das transformações provocadas pela pandemia do covid 19”, tendo como conferencista o Prof. Me. Vicente Resende Júnior, UNIFSA, tendo como mediadora a Profa. Ma. Wirna Maria Alves da Silva (coordenadora da Pós em Direito e Processo do Trabalho)
O prof. Vicente explica que ocorreu um impacto profundo nas relações de trabalho no mundo todo. “Esse é um período nunca antes vivido, e as relações de trabalho estão bastante diferentes, bastante alteradas. Nós estamos vivendo um período de desemprego monstruoso. Hoje, nós temos 15 milhões de desempregados no Brasil. São 15 milhões de famílias passando por necessidade, aonde, sem dúvida, os empresários e os prestadores de serviço autônomos e empresários também estão passando por dificuldade. Todos nós fomos pegos de surpresa”, disse.
O conferencista discutiu, a partir dessa constatação, a necessidade de o profissional se reinventar. “Não adianta a gente só ficar reclamando. Não adianta a gente achar ruim como tá, temos que encontrar saídas”, explica.

Prof. Me. Vicente Resende Júnior

O teletrabalho é um dos atuais desafios da justiça do trabalho em face das transformações provocadas pelas tecnologias. Nos dados do TST, referente a 2020, no auge da pandemia da Covid, consta que foram ajuizados 1.170.417 ações na Justiça do Trabalho, a grande maioria dos processos tratavam eram ações que tinham relação direta com o Covid 19.

O que vai caracteriza o teletrabalho são três aspectos. E o primeiro deles é que o trabalho prestado, preponderantemente, fora das dependências do empregador. “Esse é um ponto chave: a utilização de tecnologia de informação e comunicação, não apenas ser um trabalho externo porque, por exemplo, um motorista de caminhão, que é externo, fazendo entregas, usa o celular, mas não é teletrbalho”, explica. Para o professor, para ser configurado como teletrabalho, deve existir isso em um contrato escrito, e não em um contrato tácito. “Não basta ser um contrato verbal. É preciso que o contrato seja escrito e especificando quais as atividades que vão ser realizadas remotamente, para se configurar o teletrabalho”, disse.

O professor admite que o teletrabalho deve continuar após a pandemia. “E a gente tem que se adequar. Eu acho que esse meio veio pra ficar, e não que vá ser exclusivo a esse momento, mas veio pra ficar. Para muita gente isso é interessante e pra outros, não é interessante, mas eu não tenho dúvidas que as relações de trabalho, antes do covid e depois do covid, vão ser outros, em todos os aspectos”, acredita.

20h – 21h30
TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL DOS TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE: INTERVENÇÕES CLÍNICAS COM TRANSTORNOS
EVITATIVO E BODERLINE.
Conferencistas:
Profa. Ma. Ana Carolina Pinto Soares, UNINASSAU.
Profa. Ma. Samila Marques Leão, UNIFSA.

SAIBA MAIS

Os inscritos poderão participar da palestra sobre “Autoconhecimento, Ciência e Conexão”, do Momento Gratidão; debater sobre a obra: O mundo desdobrável – Ensaios para depois do fim, com a escritora Carola Saavedra, no Momento Bate-Papo; aprofundas seus conhecimento nas oito webconferências do Momento Carreira e se divertir no Momento Cultural.

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