As egressas do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Santo Agostinho, Jamie Lívia da Costa Soares Farias e Letícia Monteiro Queiroz, produziram, em conjunto, um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre o “Uso dos Resíduos de Pedra Morisca da Cidade de Castelo do Piauí na Produção de Concreto“. A pesquisa, orientada pelo Prof. Dr. Linardy de Moura Sousa, foi transformada em artigo e aprovada no Congresso de Construção Civil 2022, da Universidade de Brasília (UnB).
O Construção 2022 acontece nos dias 03 e 04 de novembro, e objetiva trocar e divulgar conhecimentos da cadeia produtiva da construção civil de modo a contribuir para a discussão de práticas, processos, pesquisas e demais focos de interesse. Os grandes temas do evento estão organizados em: gestão, materiais e componentes, desempenho e durabilidade, sustentabilidade, patologias e vida útil.
Sobre o trabalho, a dupla objetivou analisar a viabilidade técnica do reaproveitamento do pó da pedra Morisca na produção de concreto. Segundo Letícia Queiroz, o material é encontrado em poucas regiões do Brasil e do mundo, sendo a cidade de Castelo do Piauí a maior produtora de pedra Morisca da região, juntamente com Juazeiro do Piauí. Ela ainda conta que a ideia de estudar o assunto surgiu após um trabalho de sala de aula sobre pedras ornamentais.
Tudo iniciou com um trabalho da faculdade que apresentamos sobre pedras ornamentais e no vídeo apresentado eu observei que na jazida de extração havia muito material inutilizável, há um grande depósito de material. Foi aí que comecei a me interessar pelo assunto e observei que não havia muitos artigos que falavam sobre a pedra. Além disso não há nenhum estudo sobre o uso da pedra morisca utilizada como aglomerante. Essa pesquisa iniciou no TCC 1, a Jamie entrou no TCC 2.
Letícia Monteiro Queiroz, engenheira civil e egressa UNIFSA
Para a realização dos ensaios laboratoriais, as estudantes tiveram o acompanhamento do Técnico de laboratório do UNIFSA, Laécio Guedes do Nascimento. A análise de dados foi feita com a confecção dos corpos de prova com substituição parcial do aglomerante pelo pó da pedra Moriscca (PM) com 5%, 7,5%, 10% e 12,5 % em massa, e realizado ensaios de granulometria, de consistência e de resistência a compressão simples.
Dentre os resultados, no ensaio de resistência à compressão, observou-se que o traço de referência não atingiu o valor de resistência esperado de 25 Mpa. Na amostra com 5% a resistência diminuiu, com 7,5% houve um aumento e partir das demais substituições tornou a diminuir. Em todos os traços não se obteve a resistência especificada, sendo assim, nenhum dos traços tornou-se viável para a utilização em concretos estruturais.
Já a conversão da pesquisa para artigo foi realizada pela também Engenheira Civil e egressa da instituição, Amanda Pereira da Silva Fernandes, que formou-se em 2019.2.
O UNIFSA parabeniza as egressas pela aprovação e deseja sucesso em suas carreiras profissionais!