O I Simpósio ARQURB UNIFSA: Caminhos e Possibilidades do Centro Universitário Santo Agostinho, com realização de 26 a 29 de abril no Anexo II da instituição, conta com uma programação recheada de palestras, conversas, visitas técnicas e minicursos.
O evento iniciou na terça-feira (26), às 19h, na Sala de Conferência do Anexo II do UNIFSA. Na ocasião, esteve presente o arquiteto urbanista, Flávio Franco, que aproveitou o momento para falar sobre os desafios e perspectivas da Arquitetura e Urbanismo no Piauí.
“Os desafios são muitos, tem a questão econômica que é fundamental, e vale ressaltar que a gente tá passando por um período bastante delicado nesse quesito, e ao mesmo tempo sabemos que tudo pra ficar em pé tem um custo. Não posso deixar de citar também, a questão educacional, que essa ao meu ver é mais até complexa.”
Arquiteto e urbanista Flávio Franco.
Para concluir sua palestra, Flávio Franco, deu conselhos e reiterou a importância de eventos como o I Simpósio ARQURB UNIFSA para os futuros arquitetos em formação, principalmente porque momentos como esse unem os graduandos com o profissional atuante no mercado, possibilitando assim grandes aprendizados para ambos.
“Eu aconselho aos graduandos estudar, estudar e estudar, pesquisar, pensar fora da caixa. Olhar para si e não ficar se comparando com o outro, ou com algum arquiteto que já tá no mercado há bastante tempo. Quero reiterar também, que já fui estudante, eu já vivi esse período acadêmico e eu sei o quanto é importante essa troca. Até porque, eles aprendem comigo, mas eu também aprendo com eles”
Arquiteto e urbanista Flávio Franco
O segundo dia de Simpósio começou às 9h, com visita técnica à Fábrica Ladrilhar, localizada no bairro Primavera, Zona Norte de Teresina. Os 25 alunos foram acompanhados do Prof.Me. Igo Yossi Lima Fonseca.
Em seguida, os participantes debateram sobre Acessibilidade e Inclusão, uma roda de conversa ministrada por Laura Maria Marques na Sala de Conferência do Anexo II.
Esse evento para mim é de extrema importância, porque é uma oportunidade que eu tenho de relatar as verdadeiras dificuldades que as pessoas com nanismo sentem. Além disso, é importante para esclarecer para os futuros arquitetos e engenheiros o que eles podem fazer para melhorar o nosso futuro daqui para frente.
Laura Maria Marques, palestrante sobre Acessibilidade e Inclusão.
Da sala de conferência, os estudantes se encaminharam para a sala de aula 213, onde foram exibidos documentários de quinze minutos produzidos por alunos do curso, em 2021, através da disciplina de Planejamento Urbano e Regional.
Os vídeos abordaram temas estudados em Arquitetura e Urbanismo, como mobilidade, saneamento básico, habitação e muito mais.
Pela noite da quarta-feira (27), ocorreu a mesa redonda Mesa Redonda: Práticas de pesquisa em Arquitetura e Urbanismo com a Msc. Lorena Santos B. Couto, Camila Soares de Figueiredo e a Profa. Drª. Amanda C. Moreira.
Segundo uma das palestrantes presentes, a arquiteta e pesquisadora, Camila Soares de Figueiredo, o ramo da arquitetura é diverso e se pode desbravar um pouco de tudo, ela por exemplo, escolheu se dedicar à área da pesquisa científica.
“Eu sou atualmente mestranda em história da arquitetura pela UFC e faço especialização também em projetos de caráter institucional. Inclusive, no momento estou fazendo pesquisas relacionadas a comunidades ribeirinhas”
Disse, Camila Soares de Figueiredo
Para fechar o dia, Letícia Linhares Bezerra Arrais e Aislan José Sousa da Fonseca, alunos de Arquitetura e Urbanismo, encantaram o público com voz e violão em um momento musical ao estilo MPB.
Na quinta-feira (28), aconteceu o minicurso Arte On – Desenho e Pintura, ministrado pela dupla de artistas plásticos e arquitetos, Andrei Nunes e Caroline Ribeiro. Na ocasião, os professores realizaram uma espécie de oficina de personalização de vasos cerâmicos, no qual foi utilizada a técnica de transferência da arte do papel carbono para a superfície do objeto.
É uma técnica super básica que dá para aplicar de diversas formas. Aqui a gente está ensinando em um objeto pequeno, mas, nós artistas plásticos, usamos isso em nosso dia a dia, para ampliar objetos, para desenhos e imagens em outras superfícies. As alunas podem utilizar essa técnica inclusive no trabalho delas, nos escritórios de arquitetura e na graduação.
Andrei Nunes, artista plástico e arquiteto
Às 17h, o arquiteto renomado Áureo Tupinambá apresentou, sob mediação da Profa. Esp. Vérika Rios, “A Casa do Lago, Casa dos Afetos”, uma roda de conversa sobre seu trabalho em uma das casas mais antigas do Lago do Caldeirão, em Piripiri, sua terra natal. Na conversa, Áureo ensina sobre Arquitetura Vernacular.
Eu espero que os alunos possam olhar para esse trabalho como uma alternativa de futuro para a arquitetura. Diante do mundo que é oferecido, cheio de tecnologia, eu apresento uma tecnologia que é afetiva, de memória, de ancestralidade, de conhecimento passado, antigo: a Arquitetura Vernacular. Essa é minha pegada.
Áureo Tupinambá, arquiteto e urbanista.
É chegado o último dia do I Simpósio ARQURB, e, para começar os trabalhos, os alunos realizaram uma visita técnica na Av. Frei Serafim, localizada no Centro da capital. A famosa avenida teresinense é habitada por prédios de diversos modelos e épocas, englobando grandes construções atuais, refinadas, e casas antigas, que contam um pouco da história do lugar.
Em seguida, às 13h30, o arquiteto e fotografo Diego Ibiapina coordenou o minicurso “Fotografia para Arquitetura” na sala 213 do Anexo II UNIFSA, onde ensinou técnicas básicas de fotografia para os primeiros 25 alunos inscritos.
No minicurso a gente ensinou técnicas de fotografia para arquitetura, também um pouco sobre equipamentos, e sobre o celular em si. Fizemos uma demonstração de edição de fotos, e expliquei na prática como uma pessoa deve se portar para fazer a captura das imagens, dos projetos.
Diego Ibiapina, advogado, fotógrafo e ministrante da oficina “Fotografia para Arquitetura”
Às 15h00, a arquiteta e urbanista Marina Campanhã palestrou sobre Paisagismo na Arquitetura e Urbanismo, na sala de Conferência do Anexo II UNIFSA, relacionando a preservação do meio ambiente com a profissão.
A importância desse tema é a abertura do olhar dos alunos para mais um nicho de mercado, para mais uma oportunidade que a arquitetura traz para a gente, para que eles possam entender a importância que o paisagismo tem para a arquitetura, pois o paisagismo humaniza a área (as edificações, as praças etc.)
Marina Campanhã, arquiteta e urbanista.
Para fechar o ciclo de palestras, a Profa. Ma. Patrícia Pacheco Alves de Oliveira mediou a roda de conversa sobre Teresina – Urbanismo e Planejamento em questão, que teve a presença dos arquitetos e urbanistas Joana Maria Bispo Bonfim, da equipe da Prefeitura de Teresina, e Paulo Vasconcelos, via Blackboard, direto da França.
Na ocasião, a arquiteta Joana Bispo falou sobre as construções arquitetônicas em Teresina e detalhou mais sobre sua atuação profissional dentro da Prefeitura da capital.
“Atualmente trabalha no Departamento Agenda Teresina 2030, lá eu abordo uma visão de Teresina mais estratégica e mais macro também, a mesa redonda de hoje serviu para explicar como o governo local trata a cidade em um nível mais complexo”
Pontuou, Joana Bispo
Confira a programação do último dia de evento:
*29/4 – 14h as 18h30min (Hall térreo do Anexo II)
Exposição de produtos elaborados pelos alunos em diversas disciplinas do curso. Produção dos alunos de Arquitetura e Urbanismo.
*29/4 – 17h30min as 19h (Sala de Conferência do Anexo II)
Mesa redonda: Teresina – Urbanismo e Planejamento em questão. Paulo Vasconcelos; Joana Maria Bispo Bonfim; Profa. Ma. Patrícia Pacheco Alves de Oliveira ; e Profa. Ms. Lorena Moura Santana -todos arquitetos e urbanistas.
*29/4 – 19h30min (Sala de Conferência do Anexo II)
Encerramento. Professores e alunos.
