Práticas Integrativas e Complementares em Saúde é tema de seminário

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O projeto de Extensão “Um Olhar sobre a Diversidade: Discutindo Corpo, Sexo e Gênero Espaço universitário”, do Centro Universitário Santo Agostinho, realizou, no sábado, dia 1 de junho, de 14h às 18h, o Seminário Discutindo Corpo, Sexo e Gênero (CSG 2019.1), com o tema “Práticas Integrativas e Complementares no atendimento em Saúde”. O seminário, coordenado pela professora Ma. Kelma Gallas desde 2014, tem a proposta de discutir temas transversais e, no encerramento do semestre 2019.1, se propôs reunir especialistas para falar sobre os tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. De acordo com a professora, o tema guarda relações com a adoção, pelo Ministério da Saúde, de cerca de 30 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), possíveis de serem acessadas pela população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A programação foi montada para contribuir com uma visão sobre estes procedimentos que são oferecidos ao usuário a partir da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Para a discussão do tema, foram convidados profissionais da Fisioterapia, Farmácia e Odontologia que se utilizam das práticas integrativas e complementares em seus atendimentos em saúde.

A programação começou com a palestra da Profa.Ma. Christiane Lopes Xavier, que falou sobre Práticas integrativas nos cuidadores de PCTS com doenças crônicas. Ela explica que nos hospitais, grande parte dos cuidadores também precisa de assistência. “Geralmente, eles não passam uma semana de internação, são poucos dias. Depois de três dias, o paciente pode ser liberado para casa. Mas muitas vezes, essas cirurgia se complica e a criança passa muitos dias longe de casa, internado. E isso traz prejuízos para a criança e para seu cuidador, que habitualmente, é a mãe. Na grande maioria das vezes, essa mãe cuidadora tem outros filhos, e esses outros filhos ficaram sob cuidados de terceiros, e isso traz uma preocupação para aquela mãe, que muita vezes, deixou também o seu trabalho”, explica. As consequências disso, para a fisioterapeuta, que atua na fisioterapia neonatal e pediátrica do Hospital Infantil Lucidio Portela SESAPI, é o estresse e o acúmulo de preocupações, que incide sobre o psicológico do cuidador. A professora Christiane Xavier, que é docente da Universidade Estadual do Piauí e no Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), explicou vários procedimentos e atividades que são realizadas junto aos cuidadores, apresentando alguns exemplos práticos.

Em seguida, a fisioterapeuta Priscylla Mowna de Alencar Lisboa, que é instrutora de Yoga e terapeuta holística associada a ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas Holísticos),  falou sobre o tema “Como Enfrentar a Ansiedade e o Estresse através do Yoga”. Ela explicou que, contemporaneamente, a sociedade está dando novos nomes a técnicas antigas.

Priscylla Mowna de Alencar Lisboa apresentou e fez demonstrações sobre técnicas de relaxamento. “De vinte anos para cá, estamos discutindo muito os chamados transtornos de ansiedade. Associado a ansiedade, vem o estresse. Se não conseguir dormir, vem o transtorno alimentar. Por conta desses transtornos, o organismo produz e dissemina no corpo substâncias como o cortisol, um hormônio diretamente envolvido na resposta ao estresse”, explica. Segundo ela, as emoções devem ser cuidadas da mesma forma que o corpo, pois existe uma correlação entre as emoções e as doenças psicossomáticas como a ansiedade. “As emoções vão incidir diretamente sobre o sistema nervoso autônomo, e em consequência disso, levar à ocorrência de doenças, como a hipertensão por estresse ou alterações respiratórias. Alguns destes problemas podem ser contornados com a prática do Yoga”, disse.

Em seguida, a cirurgiã dentista Maria de Jesus de Alencar Lisboa, segunda Vice- Presidente da FEPI (Federação Espírita do Piauí), falou sobre a Terapia da Imposição de Mãos. Ela falou da doação de energia a partir da perspectiva espírita. “A pessoas pode doar sua energia para quem está debilitado pela doença. O passe tanto pode ser a transmissão de uma energia de uma pessoa como pode, também, ser a transmissão das energias dos bons espíritos”, explicou. Para a vice-presidente da FEPI, para doar essa energia não é necessário tocar a pessoa. “Ela flui das mãos, mas pode também ser transmitida à distância, pelo pensamento”, disse.

Lígia Carvalho de Figueiredo, fisioterapeuta do Hu-UFPI e do Hospital IDTNP, mestra em Engenharia Biomédica, falou sobre o Reiki no Sistema de Saúde. Ela, que é especialista em Fisioterapia musculoesqueletica e em Gestão em Saúde e Docência do Ensino Superior, tem formação em Reiki, Quiropraxia e em Auriculoterapia. Segundo ela, o Reiki visa a harmonização do tecido energético de pessoas assistidas. “As práticas integrativas são sistemas e recursos terapêuticos, que vão estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde”, explica. Segundo ela, quem está sendo beneficiado pelas práticas integrativas não deve abandonar a medicina tradicional.

O encerramento do seminário foi com o tema “Homeopatia e Fitoterapia”, apresentado pelo Prof. Me. Bernardo Melo Neto. Bernardo, que é formado em Farmácia pela UFPI, com habilitação em Análises Clínicas, especialista em Saúde Publica e Mestre em Farmacologia de Produtos Naturais, é  Reikiano nível 3A e Terapeuta SIR – Reestruturação Integral do Ser.

O professor ministra a disciplina de Homeopatia no Centro Universitário Santo Agostinho e da Universidade Estadual do Piauí. “Ver o humano, de forma holística, é vê-lo como um todo. Não é uma visão espiritual, sobrenatural, não. É ver o ser humano como um todo, é o que você deseja em qualquer prática na saúde”, explicou.

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