PIVIC UNIFSA: Pesquisadoras realizam intervenção nutricional na seleção piauiense de vôlei

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A preparação completa de um atleta de alto nível exige uma reunião de vários fatores que estão intrinsecamente relacionados, um de grande importância, sem dúvidas, trata-se da qualidade nutricional da sua alimentação. Uma dieta adequada influencia diretamente na preparação física, condicionamento, performance tática e até mesmo no equilíbrio emocional. Com a proposta de avaliar o estado nutricional e realizar uma intervenção em atletas da seleção piauiense de vôlei, a professora Dra. Odara Maria de Sousa Sá e as acadêmicas do curso de Nutrição, Luciana Carla dos Santos Silva e Carla Nicolle Ferreira de Sousa, desenvolveram uma pesquisa para avaliar e diagnosticar carências nutricionais e aplicar uma suplementação apropriada de acordo com as necessidades individuais de cada atleta.

O projeto, que faz parte do Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica – PIVIC do Centro Universitário Santo Agostinho, foi intitulado de “Projeto Viva o Vôlei: intervenção nutricional na seleção piauiense de vôlei”. As pesquisadoras explicam que a ideia de estudar o assunto partiu do interesse em compreender como esses atletas podem melhorar seus rendimentos a partir do acompanhamento nutricional feito por um profissional. “Primeiro fizemos o reconhecimento dos atletas, de suas particularidades, depois iniciamos a avaliação nutricional, orientamos para os resultados específicos. Depois partimos para a fase de suplementação e a partir daí a gente orientou direitinho em que momento eles deviam tomar esse suplemento e depois uma reavaliação com exame de bioimpedância para ver quais os efeitos, as mudanças que o suplemento causou no corpo dele”, explica a aluna Luciana Carla.

Através da suplementação, as pesquisadoras esperavam realizar um ajuste na composição corporal dos atletas com a finalidade de alcançar melhora nos treinos e desempenho. De acordo com a professora, “teoricamente para nós elevarmos o metabolismo, que é a taxa metabólica basal, tivemos que induzir ganho de massa muscular. Então hoje, a melhor proteína para a incorporação de massa magra, a de melhor qualidade que existe disponível no mercado, é o Whey Protein – que é a proteína do soro do leite”. As pesquisadoras se fundamentaram em diversos estudos que apontam para a eficiência do Whey Protein em atleta e, a partir disso, “nós queríamos reportar essa situação específica nessa seleção piauiense”, complementa a professora Odara Sá.

De acordo com a estudante Luciana Carla, inicialmente se inscreveram para participar da pesquisa cerca de 60 atletas, tanto da equipe masculina quanto feminina piauiense de vôlei, porém alguns desistiram. “Dividimos em vários dias, porque tínhamos que avaliar todos os atletas, mas tivemos algumas perdas nesse público pesquisado. Uns desistiram e outros não levaram a sério a dieta, outros não cumpriram as orientações. As reuniões aconteciam no Anexo I. Primeiro era o diagnóstico, momento em que coletávamos os dados para saber como era a alimentação deles, se era balanceada ou não, aí eles vinham e relatavam e a gente montava um cardápio adequado antes de suplementar. Fizemos o exame de bioimpedância, antes da suplementação e também fizemos os parâmetros antropométricos, IMC paridade, estatura paridade, peso, circunferência da cintura”, detalha Luciana.

Depois de observarem os treinos, de avaliarem as condições físicas e nutricionais, inclusive observando exames bioquímicos, a equipe realizou a suplementação, que foi fornecida pelo UNIFSA através da ajuda de custo ofertada pelo PIBIC/PIVIC da instituição. Um dos problemas identificados foi a dificuldade dos atletas em manter as recomendações indicadas de suplementação em razão do valor investido. “Os atletas, mesmo sendo da seleção, não dispõem de condições financeiras para permanecer com a suplementação, que deve sempre ser acompanhada por um profissional da Nutrição. No caso da seleção piauiense de vôlei, eles não têm esse profissional à disposição. Inclusive foi feito até uma parceria com a clínica escola do UNIFSA para fornecer esse apoio. No entanto, nem sempre os atletas conseguem comparecer, por questões de falta de tempo, dificuldade de deslocamento, ausência de interesse ou disciplina. Enfim, existem alguns vieses que interferem no processo”, ressalta a professora pesquisadora.

Apesar de alguns obstáculos no levantamento dos dados, sobretudo em razão da desistência dos atletas, as pesquisadoras conseguiram chegar a bons resultados. Elas pontuam que na etapa final foi feito uma reavaliação através de um novo exame de bioimpedância para constatar os efeitos da suplementação. “Apesar de nós termos tido um acompanhamento apenas de 25 dias, houve um ganho significativo de massa muscular e, consequentemente, houve um ganho e um aumento da taxa metabólica basal, que é o que todo atleta quer, o ganho de massa muscular e a queima de massa gorda. Foram resultados fantásticos, se levarmos em consideração o recorte de tempo”, disse a professora.

Outro ponto importante levantado gira em torno da utilização do Whey Protein que, de acordo com a professora Odara Sá, tem que ser avaliada de forma responsável e individualizada. “A indicação de suplementação tem que ser estudada de maneira individual, conforme as necessidades de cada pessoa, levando em conta sua alimentação, quantidade e potência de treino. Existem muitas variáveis. Não existe nada que substitua comida de verdade. Então nosso foco foi primeiro a comida, orientar a reeducação alimentar e fizemos a suplementação porque condizia com a o nível de treinamento e obtivemos excelentes resultados com a utilização para os atletas”, finaliza.

A pesquisadora Luciana Carla avalia a sua experiência com a pesquisa acadêmica foi de grande importância na reta final do curso de Nutrição. “Quando entrei para participar do Programa de Iniciação Científica, eu já estava prestes a realizar a monografia, então tudo que eu aprendi, me ajudou muito na elaboração do meu trabalho de conclusão de curso. Você descobre que têm muitas coisas na sua área do conhecimento que necessitam de estudos mais aprofundados e isso te deixa mais interessado ir atrás, desenvolver pesquisas sobre vários temas”, encerra.

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