PIVIC UNIFSA: Pesquisa investiga o uso de corantes em alimentos ultraprocessados e medicamentos

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O estudo teve por objetivo analisar a incidência de compostos químicos (corantes) mutagênicos, carcinogênicos e alergênicos em alimentos ultraprocessados e em medicamentos.

Dentre os principais avanços das indústrias alimentícia e farmacêutica, o uso de aditivos químicos como os corantes, sejam eles artificiais ou naturais, está entre os mais controversos. Apontados como causadores de reações adversas, como alergias, alterações de comportamento e carcinogenicidade, seu uso por tais indústrias tem movimentado o campo científico que, através de pesquisas, tem buscado compreender os possíveis danos que essas substâncias provocam no organismo.

Por meio do Programa de Iniciação Científica do Centro Universitário Santo Agostinho  (UNIFSA),  a professora Luíza Marly Freitas, docente do curso de Farmácia, realizou a pesquisa “Incidência de compostos químicos (corantes) mutagênicos, carcinogênicos e alergênicos em alimentos ultraprocessados e medicamentos: uma análise de rotulagem e bulário”, juntamente com os alunosWendy do Vale e Rômulo Barros.

O estudo teve por objetivo analisar a incidência de compostos químicos (corantes) mutagênicos, carcinogênicos e alergênicos em alimentos ultraprocessados e em medicamentos. A equipe analisou 120 bulas dos principais medicamentos disponíveis no mercado brasileiro e 82 rotulagens de alimentos ultraprocessados adquiridos no comércio varejista de Teresina com o intuito de qualificar e quantificar os compostos corantes na suas composições.

Segundo explica a professora Luiza Marly, na busca por aumentar seus lucros, as empresas focam em produtos que sejam visualmente atraentes para o consumidor. A docente cita como exemplos alimentos como iogurte: “Nós damos iogurtes para as crianças, sendo que ali não tem morango e sim corante. Assim como os produtos amarelos. Eu pergunto: por que ter tanta cor num alimento, se não for um corante natural, do próprio alimento?”, diz.

A professora aponta ainda o exemplo das hamburguerias, espaços que se popularizaram na capital piauiense nos últimos anos: “Agora com a evolução das hamburguerias, eles estão colocando pães como se fossem coloridos a partir dos corante natural da beterraba e não é. A beterraba realmente produz uma coloração roxa, mas ela não fica tão intensa; assim como aquele pão verde não tem aquela cor por causa do brócolis. Podem ate ter colocado esses vegetais, mas certamente com adição de corantes”, explica.

A aluna Wendy do Vale explica como foram realizadas as análises: “Fizemos uma lista de medicamentos e alimentos de vários tipos de classes terapêuticas e fizemos uma pesquisa procurando a bula e observando quais compostos eram utilizados, procurando os corantes. Olhamos os corantes e as quantidades e observamos que a maioria continha mais de um corante”, aponta a estudante.

De acordo com as análises realizadas, a equipe aponta para a alta incidência de corantes utilizados na composição dos alimentos e medicamentos, ressaltando os possíveis danos que os aditivos podem provocar, se consumidos em demasia: “Os corantes são altamente prejudiciais para saúde. Podem gerar de uma simples coceira, a irritabilidade e falta de concentração”, comenta Luiza Marly.

Rômulo ressalta a importância da pesquisa e da participação no Programa de Iniciação Científica: “Estamos no segundo ano de iniciação cientifica, é importante para você conhecer e disseminar um conhecimento para sociedade. Com nosso estudo, por exemplo, a gente desperta para o conhecimento sobre o quanto o uso desses corantes é prejudicial e porque não devemos utilizar em grandes quantidades”, finaliza.

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