PIBIC UNIFSA: Qualidade na rede de energia elétrica de Teresina e região metropolitana é tema de pesquisa

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Desde o seu surgimento, a energia elétrica representou um desenvolvimento significativo nos processos produtivos, comerciais e nas atividades cotidianas da nossa sociedade. O avanço social experimentando com a energia elétrica marcou de maneira definitiva a história da humanidade, embora ainda existam algumas regiões que ainda estão à margem desse serviço, que é símbolo da modernização. São inúmeros os benefícios e comodidade experimentados com a eletricidade, sobretudo com a grande quantidade de aparatos tecnológicos ligados em rede, tanto que qualquer oscilação ou descontinuidade repentina no fornecimento já implica em transtornos e prejuízos aos consumidores. Pensando em um serviço de qualidade e que ofereça mais estabilidade aos clientes, o professor Me. Fábio Araújo Leite e a acadêmica de Engenharia Elétrica do Centro Universitário Santo Agostinho, Marcielly dos Reis Macêdo, desenvolveram, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do UNIFSA, uma pesquisa que teve como objetivo a “Análise dos principais distúrbios na linha elétrica da cidade de Teresina e região metropolitana em 2017”.

A estudante Marcielly Macêdo, que estagiou em uma grande empresa de distribuição de energia elétrica do Piauí, explica que sempre teve interesse em saber quais as principais causas das perturbações no fornecimento de energia elétrica. “As reclamações são recorrentes e os consumidores se sentem lesados, o que sugere uma situação desagradável para lidar. Investigar as causas pode ser uma forma de tentar aperfeiçoar os pontos fracos para oferecer um serviço melhor e mais seguro e vimos que isso poderia ser feito por meio da análise da qualidade de distribuição energia da região”, pontua.

De acordo com o professor Fábio Leite, o trabalho foi dividido em trimestres. “Tivemos acesso às medições de vários transformadores de energia, de diversas potências diferentes e, a partir disso, trabalhamos focando na qualidade de cada transformador. Também tivemos a preocupação em manusear as informações, que serviram de base para o trabalho, de forma clara e objetiva, em conformidade com as regras de acesso a esse tipo de dado. Nós tivemos o respaldo da Direção da própria empresa, que nos direcionou e só assim iniciamos o estudo”, explica.  Além dos materiais levantados, os pesquisadores precisaram se aprofundar nas normas técnicas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que tratam da qualidade de energia, considerada em função da compatibilidade mantida entre a fonte geradora e a sua finalidade no equipamento elétrico.

Ao longo do trabalho, os integrantes puderam constatar que não existiam muitos estudos científicos acerca da qualidade da energia elétrica no nosso Estado, o que deu ainda mais impulso para continuar com a temática, sob a justificativa de preencher uma importante lacuna científica na área. “Os resultados alcançados com a pesquisa acabam sendo importante para todos. Para a empresa fornecedora, que pode atuar na melhoria do serviço, para os consumidores, que pagam pelo serviço e terão mais clareza do que estão recebendo e para a comunidade acadêmica, que pode se debruçar no desenvolvimento de formas inovadoras de aperfeiçoar a medição da qualidade e o próprio fornecimento”, esclarece a estudante.

Os pesquisadores explicam que encontraram um nível de sobrecarga em alguns equipamentos analisados, o que pode acarretar falhas na distribuição de energia, sobretudo nas residências ou em empresas que necessitam de grande demanda de carga. Eles pontuam ainda que em determinadas potências de transformadores há ainda mais distúrbios como, por exemplo, os transformadores de 75 Kva. Com o grande volume de dados, a dupla de pesquisadores decidiu realizar um estudo por média, quantificando todos os resultados em planilhas a fim de melhor visualizar as implicações práticas. “Como a quantidade de dados era bastante extensa, resolvemos realizar uma compreensão por média. Dado que comparamos transformadores com tensões diferenciadas, tivemos a condição de apontar quais transformadores estavam com problemas”, relata o professor Fábio.

O principal objetivo do estudo foi o de identificar, por meio de dados reais, quais as principais causas de distúrbios na energia elétrica que chega aos consumidores de Teresina. Através desse objetivo, os pesquisadores apontaram um trabalho real de manutenção e pretendem a posterior disponibilização do material para setores interessados no tema. “Então, a concessionária pode usar esse estudo para um projeto de melhoria dos transformadores, instalando equipamentos de potências mais elevadas”, aponta o professor.

Se em um primeiro momento, a grande quantidade de material levantado assustou os pesquisadores, essa circunstância agora é festejada e encarada como uma oportunidade para produzir mais trabalhos, porém com outros enfoques. “Temos material para construir vários outros estudos. Nesse primeiro fomos para o caminho da tensão, mas podemos pensar em outros aspectos agora”, comemora Marcielly dos Reis, que já pensa em elaborar o seu projeto de trabalho de conclusão de curso dentro dessa mesma temática. Para o professor, a iniciação científica representa uma oportunidade ímpar para os alunos da instituição na produção de conhecimento e descobertas acadêmicas. “A vivência proporcionada pelo PIBIC e PIVIC deve ser um recurso utilizado pelos alunos para adquirir não só conhecimento, mas uma experiência profissional com a teoria”, encerra.

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