Noite do 2º dia (06) da Semana Científica 2020 do UNIFSA apresenta possíveis cenários pós-pandemia.

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Quais os negócios que mais prosperaram durante a pandemia e por quê? O segundo dia da XVIII Semana Científica do UNIFSA começou com dois webinários simultâneos.
Às 18h30, o Webinário 7 discutiu o tema “Geração distribuída: novas regras e o pós-pandemia”, apresentado pelo Eng. Felipe Mapurunga Rezende de Sales, com a moderação do Prof. Me. Edvan Carneiro Almeida, Coordenador da Pós-graduação em Gestão e Projetos de Fontes Renováveis de Energia Elétrica.
Ao falar sobre o crescimento de investimentos em energia solar no Brasil subiu substancialmente este ano. “Em setembro, ultrapassou 305 megawatts e o que a gente vê é uma crescente. Em um ano praticamente dobramos, mesmo tendo esse ano, o fator da pandemia”, disse. Mas, segundo ele, há algumas falácias a respeito desse investimento em energia limpa.

“Você continua pagando energia a Equatorial, mas é taxa mínima. Se você não coloca energia solar, continua pagando energia para a fornecedora na integralidade e nada disso é seu. No caso da energia solar, as placas são suas. Traz muitos benefícios para quem está investindo”, disse. Para ele, uma pessoa que deixa de pagar a conta de energia vai investir o que sobra em outras coisas. Melhora a qualidade de vida. Por exemplo, você consegue ligar o ar-condicionado quando desejar e precisar, e não apenas quando pode pagar”, diz.

Profa. Ma. Samara Pereira, palestrante convidada, e a Profa. Esp. Roberta Mara Silva

O Webinário 10, das 20h30 às 22h, debateu o tema “o/a Assistente Social e as Reinvenções da prática profissional em tempo de pandemia”, reuniu a Profa. Ma. Samara Cristina Silva Pereira, palestrante convidada, e a Profa. Esp. Roberta Mara Araújo Oliveira e Silva, Coordenadora da Pós-graduação em Gestão de Políticas Sociais com ênfase nas Metodologias Interdisciplinares de Planejamento e Avaliação.
A profa. Samara discorreu sobre o impacto da pandemia do Covid 19 sobre as políticas públicas no país. Um dos principais impactos, segundo ela, foi sobre as ideias. “Nessa pandemia, a gente se deparou com várias ideias, que influenciaram as políticas, e, especialmente, as políticas públicas e sociais”, disse. A assistente social afirma que o Serviço Social está do lado da ciência e, não, das ideologias. “Não há duvidas que o COVID mostrou as fragilidades da Ciência. Esse conflito, o embate entre a perspectiva da Ciência e o obscurantismo, se tornou central nessa pandemia, e foi o que colocou Estado brasileiro de uma maneira negativa em todo o mundo por não atender aos protocolos, inclusive com a saída de Ministros da Saúde. Isso, para percebermos como o campo das ideias intervêm no campo da política e das políticas públicas, especialmente”, disse.

“Numa crise sanitária como essa, mostra mostrar a importância do Estado como aquele que vai dirigir a política nacional orientada para a vida enquanto um valor fundamental”.

Profa. Ma. Samara Cristina Silva Pereira

A professora defendeu, ainda, que a crise sanitária mostrou a necessidade de um estado mais protetor, que crie políticas que possam preservar a vida. “Precisamos que o estado seja protetor e que financie as políticas públicas, executada com planejamento”.
A crise sanitária que a humanidade atravessa colocou em evidência, também, a dimensão ética, que pode levar a uma revisão de valores. “Por exemplo, durante a pandemia, a economia teve que parar por algum momento e numa sociedade capitalista isso é extremamente desafiador porque nega a essencialidade do capital como algo maior que tudo, maior que a vida. Mas nós paramos de comprar, de consumir, paramos de movimentar a moeda, que é característico de uma sociedade capitalista. E estamos aqui”, questiona.
Ela também ressaltou a política de assistencial adotado pelo estado, através da garantia de uma renda básica mínima, que se consolidou como uma alternativa nesse momento de crise. “Isso traz uma profunda reflexão sobre o capital colocado como um suprassumo. Foi o estado que conseguiu de certa forma salvaguardar essa sociedade”, explica. Para a professora, o SUS representa muito esse estado interventor na área da saúde. “Os sistemas privados rapidamente se encheram e o SUS foi quem efetivamente deu respostas às demandas de toda a sociedade. É verdade que o SUS sofreu uma sobrecarga. O sistema chegou a colapsar no Rio de Janeiro e em Manaus, por exemplo. Mas, hoje vivemos uma situação mais controlada. Essa crise toda serve para mostrar que a política pública planejada faz toda uma diferença na vida das pessoas, sobretudo, na permanência ou aniquilamento da vida”, disse.

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