A complexidade da educação no cenário atual tem desafiado as instituições de formação e seus atores a exercerem, um trabalho colaborativo, flexível e adaptativo, de forma multidimensional para desenvolvimento de suas ações. Nesse contexto, o trabalho docente no ensino superior pressupõe conhecimento da realidade de atuação, planejamento, intervenção, registro das evidências e avaliação do processo, tendo em vista, a entrega de um produto, o mais próximo possível do exigido pelo perfil do egresso de cada curso, na garantia de inserção social no mundo do trabalho e exercício da cidadania. Essa discussão é a espinha dorsal da obra intitulada “Práticas pedagógicas ativas no ensino superior: desafios, saberes e inovação“, lançada no último dia 17 de agosto, de maneira remota.
A profa. Ma. Jovina Silva, docente do UNIFSA, e o prof. Me. Francisco Renato Lima, egresso do UNIFSA, atualmente professor da UFPI, são os organizadores da obra. O livro reúne contribuições de diversos autores sobre o tema, como: Ana Ignêz Belém Lima Nunes, Johnatan da Silva Costa e Rannyelle Andrade da Silva, além de docentes do UNIFSA, como: Maria Monteiro da Silva, Danilo Teixeira Mascarenhas de Andrade e Edjôfre Coelho de Oliveira.
O livro resulta de estudos e práticas educativas de seus autores como docentes do ensino superior, com suas vivências, desafios e saberes, no enfrentamento às rápidas transformações tecnológicas e do conhecimento, com foco em metodologias ativas. Nessa abordagem, os atores (discentes e docente) são os protagonistas, sendo o ensinar e o aprender, um processo colaborativo, contextualizado, participativo e ético, considerando, ainda, as competências socioemocionais. “As metodologias ativas não se restringem a um modismo pedagógico e muito menos a um conjunto de ferramentas tecnológicas desvinculadas do objetivo educacional pretendido”, dizem os organizadores.
Para os organizadores da obra, as ferramentas tecnológicas por si só não são boas ou ruins; só tem sentido se definidas por uma mente humana, e a partir da realidade de seus atores e do produto que o curso deve entregar.
“Dessa forma, discutimos nesse livro estratégias fundamentas em uma pedagogia ativa que constitui uma proposta de pensar e agir didático-pedagógica no ensino superior, não como receita, mas como provocação na busca de caminhos que admitem acertos e erros, incertezas e enfrentamentos de desconstrução e reconstrução de saberes antes, durante e pós pandemia”, explicam.