Nesta quinta-feira, 12, o Centro Universitário Santo Agostinho, deu início a IV Semana de Psicologia: Diálogos sobre Psicologia e Saúde Mental frente às vulnerabilidades sociais. O evento prossegue até 14 de maio, sábado.

A abertura do evento contou com a palestra “Peles negras e a descolonização da Psicologia: vulnerabilidades e resistência” ministrada pela Profª. Dra. Carla Fernanda de Lima – UFDPAR, mediada pelo Prof. Dr. Emanoel José Batista de Lima – UNIFSA. 

Na manhã de sexta-feira (13), duas palestras deram continuidade ao evento. A primeira, às 8h, foi com a Profa. Ma. Caroline Cabral Nunes – UFDPAR, que abordou a temática “Subjetividades e Encarceramento: o olhar da Psicologia no Sistema Prisional” .

A palestrante destacou o papel dos psicólogos que trabalham dentro do sistema prisional e como deve-se ter um olhar amplo não apenas pelos indivíduos, mas de toda a sociedade e suas relações.

“O nosso trabalho enquanto psicólogos é somente na prisão, quando eu tiver trabalhando lá, o que estamos empreendendo fora da visão, estamos nos debates, estamos discutindo o racismo, estamos discutindo a desigualdade social, a distribuição de renda, a gente tá discutindo a própria política prevista nosso papel é só dentro da prisão?”, questionou a Profa. Ma. Caroline Cabral Nunes buscando a reflexão dos participantes da IV semana de Psicologia.

Às 10h, o Prof. Dr. Paulo Roberto Ceccarelli – UFMG ministra a palestra “Intolerância à identidade de gênero e orientação sexual: o que nos diz a Psicanálise? “.

No segundo ensaio de Freud – gosto muito do final, diz que a sexualidade humana é eminentemente perversa. E preciso entender que, naquela época, o sentido de perversão. Não é “perversão”, no sentido popular. É similar a tomar um caminho errado, desviar, equivocar… Traz a ideia muito importante pra gente entender essa passagem: é que a sexualidade é perversa, no sentido de que não está ligado aos órgãos sexuais, mas obstinadamente fixada às formas de prazer.

Paulo Roberto Ceccarelli – UFMG

O evento tem como objetivo promover debates e tensionamentos críticos acerca da prática em psicologia no cenário sócio e ético-político contemporâneo do Brasil. Além disso, fomentar discussões sobre fragilidades de direitos humanos e vulnerabilidades brasileiras, proporcionar reflexões em relação ao lugar das populações pobres e negras no Brasil e salientar a necessidade de fomento de políticas públicas para a construção da equidade.

No sábado (14), às 9h, a Profa. Ma. Samila Marques Leão – UNIFSA levantou questionamentos e reflexões sobre a temática “Clínica Ampliada em Psicologia: uma estratégia de cuidado na atuação Psicologia”, partindo inicialmente de uma imagem de abraço exibida no telão.

“Pensei em discutir a clínica ampliada e essa imagem de fundo representa muito sobre isso. É uma imagem que foi produzida num contexto de pandemia e, às vezes, continuamos nesse contexto. O homem tem um potencial de criar, de construir, e essa imagem fala muito sobre essas possibilidades que surgiram no contexto da pandemia. Então se você for pensar nessa imagem, provavelmente você vê o que não teve acesso antes de um contexto de pandemia. Então fala muito sobre a questão da clínica ampliada e como eu vou falar sobre uma postura profissional”.

Profa. Ma. Samila Marques Leão

O evento foi encerrado com a palestra da Profa. Esp. Islene Cristina Cardoso Araújo – UNIFSA sobre Assédio Moral e Sofrimento no Trabalho: implicações individuais e coletivas.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA: