Os egressos do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Santo Agostinho, Thalia Santos Sousa e João Vitor Andrade Gomes, conquistaram o segundo lugar no 2° Concurso Estudantil de Reforço de Concreto, realizado pela Associação Brasileira de Patologia das Construções no Congresso Brasileiro de Patologia das Construções 2024 (CBPAT) em Fortaleza-CE.
A dupla, que se formou em junho deste ano, apresentou um projeto que consistiu em reforçar uma viga (corpo de prova prismático) com manta de fibra de carbono, objetivando o aumento da resistência sem comprometer significativamente sua massa inicial. Vale ressaltar que a classificação no pódio seria determinada pela equipe que conseguisse obter a maior resistência à tração na flexão com a menor área de fibra utilizada.
Nossa equipe focou nos esforços mais críticos para a viga, priorizando a flexão e, então, o cisalhamento. Para combater esses esforços, aplicamos manta (quantidade previamente calculada) na face inferior da viga e verticalmente nas laterais, de modo que as fibras atuassem em conjunto com o aço na estrutura. A temática do concurso exigia de forma explicita conhecimentos sobre como os esforços atuam na estrutura de concreto quando submetida a uma carga monotônica conforme a NBR 12142. Dessa forma, foi fundamental aplicar nosso conhecimento sobre o comportamento dos esforços na estrutura e ser cuidadoso com a quantidade mínima de fibra necessária para garantir um reforço eficaz. Assim, nossa solução foi essencial para fortalecer os pontos críticos do elemento estrutural.
Thalia Santos Sousa, capitã da dupla competidora
A ideia de participar dessa competição surgiu da paixão que Thalia desenvolveu pela área de patologia durante a graduação, onde encontrou os aliados Prof. Me. Danilo Teixeira e João Vitor Gomes.
Durante minhas pesquisas, descobri o Congresso Brasileiro de Patologia das Construções (CBPAT), que é o maior congresso brasileiro nessa área, promovido pela ALCONPAT Brasil. Com isso, defini como meta participar do evento e comecei a me preparar para isso. Ao acompanhar as divulgações sobre o congresso, fiquei sabendo do concurso estudantil e, como ainda era estudante na época, entrei em contato com a comissão organizadora para esclarecer minhas dúvidas. Foi nesse momento que o professor Danilo e meu colega João Vitor entraram nessa jornada. A participação no concurso representou a realização de um objetivo pessoal e o resultado de um trabalho conjunto, culminando em uma experiência enriquecedora.
Thalia Santos Sousa, capitã da dupla competidora
Para ela, essa conquista também lhe rendeu bastante aprendizado, algo que levará consigo para toda a sua carreira profissional e acadêmica.
Ficar em uma boa colocação numa premiação é sempre bom pelo prestígio, porém, o mais importante é o conhecimento adquirido ao longo do processo. Esse conhecimento veio das pesquisas realizadas, das horas de dedicação aos estudos, da interação com as outras equipes participantes e dos julgadores do concurso, que nos apresentaram explicações técnicas valiosas. Foi, de fato, um desafio, especialmente porque não existe uma disciplina dedicada exclusivamente a reforço estrutural, entretanto, vincular nossa teoria a essa nova condição proposta nos permitiu explorar novos conhecimentos. No mercado de trabalho, a realidade não é muito diferente, pois a profissão do engenheiro é um constante aprendizado, onde o profissional frequentemente se depara com cenários complexos que exigem pesquisa e consulta a especialistas para encontrar soluções. Acreditamos que essa prática foi importante justamente por esse fator, por incentivar o estudante a se movimentar, procurar meios e ferramentas para chegar ao seu objetivo: reforçar a viga de concreto com manta de fibra de carbono da maneira mais eficiente. Isso que é engenharia.
Thalia Santos Sousa, capitã da dupla competidora
O UNIFSA parabeniza a dupla pela conquista alcançada e se orgulha em formar profissionais de excelência, com habilidades teóricas e práticas, como Thalia Sousa e João Vitor Gomes.