Egressa do UNIFSA lança livro contando sua vivência ao redor do mundo

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A egressa do curso de Jornalismo do Centro Universitário Santo Agostinho, a profa. Dra. Maria das Graças Targino, é uma das nossas estrelas que não param de brilhar. Com uma trajetória de sucesso, que já conta até com grandes premiações, dessa vez, a autora prepara o lançamento do seu mais novo livro: “Embarques e desembarques: relatos de viagens”. 

A obra será lançada no dia 09 de novembro, às 19h, na Livraria Entrelivros em Teresina. Segundo a autora,  o livro chama atenção para o encantamento que há em não apenas desvendar nossa alma ao cruzar as fronteiras de nosso Brasil e aprender a se admirar e admirar nossa gente, mas, sobretudo, a se reconhecer nas culturas distintas.   

“A viagem que este livro empreende mostra-nos como os habitantes do nosso Planeta têm mais semelhanças do que diferenças ao mesmo tempo que a humanidade nos revela sua diversidade e riqueza, sua força e sua miséria”

Celso Japiassu
Escritor e poeta, Porto – Portugal, no Prefácio da obra.

Em busca de novos desafios e aventuras, a egressa aborda em seu livro, 34 países desconhecidos ou pouco conhecidos espalhados nos cinco dos seis continentes (exceto Antártida ou Antártica), como Armênia; Camboja; Coreia do Sul; Índia; Irã; Myanmar; e Vietnã.  
Com uma expressiva trajetória acadêmica, Graça é Doutora em Ciência da Informação, pela Universidade de Brasília, e jornalista pelo UNIFSA. Ela finalizou seu pós-doutorado junto ao Instituto Interuniversitario de Iberoamerica da Universidad de Salamanca (USAL) e o Máster Internacional en Comunicación y Educación da Universidad Autónoma de Barcelona, ambos na Espanha. Atuou como pesquisadora junto ao referido Instituto / USAL, de março de 2010 a julho de 2011.
Sua experiência acadêmica inclui, ainda, cursos em países, como Inglaterra, Cuba, México, França e Estados Unidos. Tem produzido artigos, capitulos e livros em ciencia da informacao e comunicacao, enveredando pela literatura como cronista. Depois de vinculacao com a Universidade Federal do Piaui por 25 anos, atuou como docente do Programa de Pos-Graduacao em Ciencia da Informacao da Universidade Federal da Paraíba por 14 anos. Dentre outras atividades atuais, é membro da Academia Teresinense de Letras e da Associação Sociedade Literária de Teresina.
Graça Targino é uma autora premiada. Dentre os prêmios conquistados, destacam-se o Prêmio Nacional Luiz Beltrão de Comunicação (Liderança Emergente), em 2004; o Prêmio do Programa Informação para Todos (Information for All Programme, IFPI), promovido pela UNESCO, com a edição de sua tese de doutorado: Jornalismo cidadão: informa ou deforma? em 2009; além do Prêmio Mérito Jornalístico, concedido pela Câmara Municipal de Teresina, em 2019.

Eu mesma, apesar de amar viver à deriva e sair beliscando o mundo, como diz Elizabeth Gilbert, movida por infinita curiosidade ante a vida e o outro, o que justifica minha imprevisível paciência diante de eventuais contratempos e desconfortos que fazem parte da vida do viageiro, confesso que preciso de meu ponto de referência. Meu lar. Meu porto seguro. Meus livros. Minhas músicas. Meus quadros. Minha vida. Enfim, minha gente com suas danças, músicas, lendas, folclore, culinária, costumes e linguajar…

Trecho do Preâmbulo

LEIA UM TRECHO DO PREÂMBULO
DE MEMÓRIAS, AVENTURAS E DESCOBERTAS

Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos. Ralph Waldo Emerson  

Viajar não comporta definições. Há quem odeie. Há quem ame. No primeiro grupo, estão aqueles que sentem falta de seu travesseiro nem alto nem baixo, mas que parece feito por medida para seu bem-estar. Qualquer cama que não seja a sua lhe parece ou dura demais ou mole demais. Às vezes, tem a impressão que aquilo não é cama, embora forrada cuidadosamente e que parece bela aos olhos de qualquer um que não precise passar uma noite por lá. Está mais para monumento funerário à espera de mortos. E o que dizer da temperatura? Às vezes, os hotéis mantêm aquecimento central e, então, eis calor em excesso ou frio de rachar. Hostels e mochilas estão fora de cogitação. O sistema Airbnb, com suas mobílias de segunda ou terceira mão, idem. Mas, em qualquer caso, há a delícia de não precisar forrar cama e molhar o banheiro inteiro sem constrangimento e com riso contido!

No segundo grupo, estão aqueles para quem viajar é cruzar e entrecruzar com pessoas improváveis e desnudá-las de maneiras mais improváveis ainda, no intuito de descobrir sua essência. É se extasiar com o inusitado de animais ou aves daquela região. É se deslumbrar com a beleza de camelas imponentes que expõem o barrigão anunciando, com orgulho, que em breve darão à luz as crias. Viajar é deixar de lado a comodidade do sofá. É esquecer o telejornal com suas tragédias diárias e suas raras alegrias. Viajar é literalmente pegar a estrada de olho no céu azul, no mar revolto, nas estradas que somem de vista e que parecem hostis, aqui e ali. Viajar é parar para ver o amanhecer ou a beleza do pôr do Sol, os quais fazem parte de nosso cotidiano, mas para os quais não temos tempo para usufruir seu encantamento, sua magia, sua sedução e seu encanto.

Por fim, o mais interessante em se deslocar mundo afora é a certeza – não gostamos muito de nutrir certezas, mas não encontramos outro termo – de descobrir atônitos que se a diversidade é inerente à história dos povos e das nações ao longo de décadas e séculos – o ser humano, onde quer que esteja, é sempre espantosamente dúbio em sua plena magnitude e em sua inacreditável monstruosidade. Quer dizer, as idiossincrasias subjazem à prática cidadã; aos regimes políticos e econômicos; aos idiomas e dialetos adotados; aos costumes prescritos e à culinária que nos causa arrepio ou deleite. Porém, a chance de encontrar pessoas maravilhosas ou de má índole é uma realidade, em qualquer parte do mundo.
Maria das Graças Targino

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