Todos os dias acompanhamos nos jornais a importância da atuação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à COVID-19, são equipes multidisciplinares que se desdobram para cuidar do tratamento dos pacientes e de toda a organização da rede de assistência hospitalar. Dentro desse complexo sistema de atendimento está o acompanhamento farmacoterapêutico desempenhado por um profissional da área, como é o caso da farmacêutica Ana Clara Jovita, egressa do Centro Universitário Santo Agostinho, que se formou no final de 2019 e já no primeiro semestre de 2020 enfrenta um grande desafio, trabalhando na Unidade de Terapia Intensa (UTI) COVID do Hospital Getúlio Vargas e no Hospital de Campanha Estadual Dirceu Arco Verde.
Ela explica que na UTI atua diretamente com o acompanhamento do paciente, assegurando que o medicamento seja administrado na dose correta, frequência, via de administração e horário certos, além de realizar procedimentos para promoção, proteção e recuperação da saúde do paciente, que é o foco principal. “Também faço intervenções farmacêuticas, analisando se a prescrição médica se encontra de acordo com os aspectos técnicos e legais do protocolo da COVID-19. Minha rotina está um pouco pesada, as roupas que usamos são pesadas, a máscara dói, nos causa lesões na pele, eritemas e descamação; isso é o que mais acontece de forma comum, pelo menos comigo. A carga horária é mais elevada; mas tudo isso é necessário para evitar a contaminação e de levar a contaminação para os nossos familiares”, esclarece.
Já no Hospital de Campanha, Ana Clara trata mais de interações medicamentosas, informando e orientando os profissionais sobre o uso racional de medicamentos e elaborando, juntamente com a equipe, planos de cuidados farmacêuticos para cada paciente, a partir da análise das prescrições. Tudo isso voltado ao tratamento da COVID-19. Quando questionada sobre a rotina árdua, ela responde: “Realmente está muito corrido, mas tento sempre dar o meu melhor. Tenho sempre em mente que é questão de humanização, como aprendi no curso. Antes de ser um bom profissional, precisamos ser bons seres-humanos, necessitamos entender que isso é uma fase e que vai passar; e que aquele paciente, que se encontra ali, é sempre o amor de alguém”.
A farmacêutica Ana Clara Jovita destaca que a formação proporcionada pelo Centro Universitário Santo Agostinho foi um grande diferencial na sua carreira e no desempenho de sua atuação em um momento tão desafiador. “Sempre tive excelentes professores, mestres e doutores, e com qualificação nas áreas que ministram aulas. Sou até suspeita em falar, mas aqui cito meu aprendizado dentro da farmácia clínica (minha atual área de atuação) com as metodologias ativas. Outro diferencial é que desde a Farmacologia até a Farmácia Hospitalar, aprendemos a colocar o paciente como centro do nosso trabalho e sempre pensar na saúde e bem estar dele. Tendo em mente aquilo que falei anteriormente: o paciente é o “AMOR” de alguém”.