A manhã do dia 7 de outubro, a XVIII edição da Semana Científica do Centro Universitário Santo Agostinho “A Reinvenção Profissional na Sociedade Pós-Pandemia: transformando as formas de atuar no mundo”, além das duas atividades voltadas para a pesquisa científica, sobretudo acerca dos preceitos éticos, com o momento formação; também apresentou o momento gratidão, que teve como intuito principal a reflexão acerca da vida, das relações interpessoais e da inteligência emocional. Foi uma manhã movimentada e de muito aprendizado e compartilhamento de conhecimentos.
Às 8h30, os professores Me. Rhubens Ewald M. Ribeiro e Ma. Jeiel Lucena da Silva iniciaram com a oficina “Plataforma Brasil: por dentro do sistema de regulação de pesquisa com seres-humanos no país”. Os professores, que são integrantes do Comitê de Ética em Pesquisa do UNIFSA, explicaram sobre o funcionamento e funções do órgão e sobre a importância da Plataforma Brasil enquanto sistema integrado para o acompanhamento das pesquisas em seus diferentes estágios. Foram apresentados os aspectos gerais da Plataforma, desde os princípios teóricos que norteiam a ferramenta eletrônica até a parte prática de cadastramento e submissão de uma pesquisa conforme a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
“Todos os estudantes universitários e profissionais precisam conhecer a Plataforma Brasil, pois se trata de um conhecimento básico para o período de formação acadêmica. Assim, acreditamos que a Plataforma Brasil deve ser acessível a todos, em virtude de representar um importante espaço para o avanço da pesquisa científica em concordância com protocolos e procedimentos éticos no Brasil”, pontua a Profa. Me. Jeiel Lucena.
Simultaneamente, também às 8h30, as professoras Dra. Liana Dantas C. e Silva Barbosa e a Ma. Karoline Costa e Silva, integrantes do CEP/UNIFSA, apresentaram a oficina “Termo de consentimento livre e esclarecido: entendendo e desvendando o TCLE”. As palestrantes explicaram que esse documento é fundamental para assegurar a ética da pesquisa com seres-humanos, pois consta expressamente o aceite do participante e do seu responsável legal, de forma escrita aos termos da pesquisa.
“É importante a clareza e objetividade ao formular o TCLE, tento em vista que o participante precisa entender bem todos os prejuízos, benefícios, procedimentos, objetivos e fins da sua participação na pesquisa e, que ele pode, a qualquer tempo, se desvincular, se assim desejar”, explica a profa. Karoline Silva.
Às 11h, o momento gratidão trouxe a palestra “Relações lúcidas: demolindo muros e construindo pontes com a comunicação não-violenta”, com o professor de Yoga e Meditação, Yako Guerra (egresso de jornalismo do UNIFSA), juntamente com Kalu Falcão, dentista, pós graduada em Acupuntura, com formação em Terapia Neural, Ozonioterapia e Constelação familiar sistêmica, Reiki Master e Terapeuta Floral. Na oportunidade, o professor Dr. Alisson Dias Gomes apresentou os palestrantes, que convidaram os participantes a uma reflexão sobre as suas relações e a forma de estar presente, por meio dos princípios da comunicação não-violenta. Kalu Falcão iniciou pontuando que, em geral, nós não fomos educados para lidar com as necessidades e as emoções mais complexas e que, especialmente, nesse momento difícil de pandemia, precisamos ressignificar nossas relações, o que vai muito além de melhorar a comunicação, mas de olhar para a vida de forma diferente, com inteligência emocional e espiritual.
“Para uma vida plena, presente, atenta, precisamos nos desconectar das mazelas do passado e focar em virtudes como a empatia, compaixão, respeito e amor e estar em sintonia com o sistema precioso de feedback que temos, que nos aponta quando nossas necessidades não estão sendo correspondidas e não transferir isso para o outro. Pessoas realmente felizes têm boas relações pautadas na empatia para compreender as necessidades dos outros e autenticidade para ser respeitoso consigo, sem precisar dizer sim para tudo”, esclarece Kalu Falcão.
“O que podemos fazer para melhorar as nossas relações? Isso passa por excluir julgamentos, a comunicação não-violenta pressupõe um desmonte da cultura do embate, da exclusão, do apontar o dedo. Pois não adianta apenas olhar para fora e apontar a culpa, acusar, isso causa desequilíbrio. Precisamos nos perceber, ver o que estamos sentindo, nomear adequadamente os sentimentos que nos envolvem naquele momento”, finaliza Yako Guerra.