A XIX SEMANA CIENTÍFICA (SEC 2021), promovida pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), teve início nesta terça-feira, 17/08, com uma programação repleta de webconferências voltadas para as áreas de humanas, saúde e exatas.
MANHÃ
Na manhã desta terça-feira (17/08), ocorreu a conferência de abertura com o tema “O Valor das Ciências Para Sociedade Contemporânea: do dia a dia à pandemia”, apresentado pela Profa. Dra. Ana Ignez Belém Lima (UECE), foi apresentada pelo coordenador do NUAPE, prof. Me. Edjofre Coelho. Cerca de 270 pessoas acompanharam a abertura do evento.
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Ainda pela manhã, ocorreu o Momento Gratidão, das 11h – 12h, com a
Prática “A Ciência da Meditação”, com a terapeuta convidada Kalu Falcão / @kalufalcao, sendo mediada pelo Prof. Me. Bernardo Melo Neto, do UNIFSA. Para o professor, que coordena durante a SEC, o Momento Gratidão, é muito importante desmistificar que Meditar é difícil. “Hoje, existem vários tipos e técnicas meditativas. Podemos por exemplo treinar o silêncio, levando toda a atenção para nossa respiração. Exercícios simples como esse auxiliam na percepção de nossas sensações e emoções”.
TARDE
Mais de 300 pessoas participaram do Momento Formação dia 17/08, das 14h – 15h30, falando sobre o SISTEMA DE REGULAÇÃO DE PESQUISA COM SERES HUMANOS: CONHECENDO A PLATAFORMA BRASIL”. A apresentação do tema foi dividida pelos professores Me. Rhubens Ewald M. Ribeiro, CEP/UNIFSA, e Ma. Liejy Agnes dos Santos Raposo Landim, CEP / UNIFSA.
O prof. Rhubens apresentou a plataforma Brasil, de base nacional, unificada e que tem todos os registros de pesquisa envolvendo seres humanos sistemas no país. “Conhecê-la é essencial dentro do período de formação acadêmica, inclusive, na disciplina de metodologia científica, os professores, orientadores de pesquisas, acabam mencionando a existência dela, porque para fazer pesquisa, dentro dos padrões ético exigidos pelas normatizas, é preciso passar por ela”, explica. O professor disse, ainda, que o CEP – Comitê de Ética – é o de capacitar mais pesquisadores pra utilizar essa ferramenta da Plataforma Brasil entender os aspectos relacionados.
Cerca de 80 pessoas acompanharam o relato de pesquisas, das 14h – 16h, na
Mostra de Resultados Parciais NIP – 1ª parte, conduzida pela professora Dra. Joseana artins Soares de Rodrigues Leitão. A professora disse, sobre as apresentações, que o material apresentado é tão rico, que vai gerar, não só o artigo obrigatório, que encerra iniciação científica, mas outras publicações.
“Ética e as pesquisa envolvendo seres humanos: contribuições para a ciência e sociedade” foi o tema do Momento Formação, das 17h às 17h30, apresentado pela Profa. Ma. Claudete Inês Kronbauer, mediado pela profa. Ma. Liana Dantas, coordenadora do CEP / UNIFSA.
A conferencista possui graduação em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1985); especialização em Filosofia Política e Ensino a distância, bem como mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1996). E é professora na FIDENE/RS das disciplinas de Lógica, Introdução a Filosofia e Filosofia da Educação; ULBRA/AM. A profa. Claudete Kronbauer partiu da discussão do conceito de sociedade, para discutir o fazer científico, sobretudo por meio da pesquisa.
“Nós vamos falar de um contexto dialético, onde a ciência se coloca como uma das formas de entender a realidade, que é uma das perspectivas possíveis, mas esse é o recorte ao qual nós estaremos tratando neste momento”, explicou. Segundo ela, hoje há uma oferta ampla de informações, especialmente as disponíveis na internet, além da multiplicidade de veículos de mídia digitais.
” Se há 15 anos, tínhamos menos de dez canais. Hoje, há muitos outros canais, e está em circulação mais de cem mil veículos científico, e aqui, estamos fazendo um recorte relacionado à ciência”
Profa. Ma. Claudete Inês Kronbauer, do CONEP
Para a professora, tudo deve conectar-se à ética. “E o que seria esta ética? É um equilíbrio social. Quando temos uma igualdade, não necessariamente estamos trabalhando com o conceito de justiça”, explica.
Nos comentários, a profa. Dra. Liana Dantas falou sobre a necessidade dos rigores da ética, que se cumpra o que as resoluções e os protocolos de pesquisa. “É importante que a pesquisa se desenvolva e se legitime”, disse. Para ela, o avanço científico pode trazer a solução do problemas que afligem a humanidade, como viver mais tempo, com mais saúde e trabalhar menos, possibilitando mais tempo disponível para o lazer, reduzir as distâncias que nos separam os seres humano. “Durante esse século, a ciência e a tecnologia vem contribuindo bastante para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. Mas, é importante, que as pesquisas científicas tenham uma postura ética, de respeito à vida e à dignidade humana”, explica.
No Papo-Cabeça, das 17h às 17h50, participam quatro escritoras que se destacam no cenário literário brasileiro. A estréia foi com a escritora paulista Aline Bei (@alinebei), autora da obra “Pequena Coreografia do Adeus. A novidade desta edição da Semana Científica, o Papo Cabeça tem a mediação Profa. Ma. Karoline Costa e Silva, UNIFSA.
Aline Bei, formada em letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em artes cênicas pelo teatro-escola Célia Helena, é autora de “O peso do pássaro morto” (2017), vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, além de finalista do Prêmio Rio de Literatura com “Pequena coreografia do adeus”, seu segundo livro.
A autora falou de sua trajetória criativa, que migrou do teatro, onde ficou dos 14 aos 20 anos, para a literatura. “O teatro tem uma demanda que exige uma devoção”, ela explica. “Quando eu entrei na faculdade de Letras, foi na PUC, que tem uma vivência universitária muito intensa, muito politizada, e mergulhei no centro acadêmico, e comecei a conhecer muitos escritoras. Perceber que tinha pessoas de minha idade, escrevendo coisas que me emocionavam… Foi um encontro. Pensei que voltaria para o teatro, mas não voltei. O teatro segue habitando meu íntimo, foi onde me formei como artista. Eu me sinto uma atriz escrevendo”.
Sobre a sua relação com os livros, ela disse que começou muito cedo. “Desde menina, eu amo ler. Eu não sei da onde que veio isso; eu acho que talvez do meu lado mais tímido. Quando eu era criança, era tímida. Então, eu sentia que os livros podiam me trazer uma tranquilidade de ficar isolada do coletivo, e ao mesmo tempo, me divertindo, entretendo”. Ela disse que a biblioteca da escola é a sua primeira memória afetiva de leitura, porque não tinha livros em casa. Outro importante espaço foi a feira do livro. “Lembro da minha alegria de poder escolher um livro ali e levar ele pra casa, levar pra minha mãe, pra ela ler pra mim a noite ou a tarde. Então, é uma memória dessa companhia que os livros fazem, né?”, conta.
NOITE
A programação da noite começou com o momento cultural, das 18h – 18h30, seguido do MOMENTO EDUCAÇÃO CONECTADA, conduzido pela profa Eldelita Águida, tendo como tema: Sociedade da Informação e o Papel do Aluno Como Curador de Conteúdo e Informação. O tema doi exposto pela Profa. Ma. Daiana Garibaldi da Rocha, Sagah+Campus. e o Prof. Me. Pedro Luiz Bulgarelli, +Campus.
A Profa. Ma. Daiana Garibaldi da Rocha, Sagah+Campus, acredita que os alunos estão se tornando cada vez mais construtores de conteúdos. “Mas como trazermos isso para nossa vida acadêmica, tornando isso relevante para a sociedade?”, questiona. Segundo ela, existe uma infinidade de informações, mas a diferença, hoje, é que se há o questionamento se a informação é verdadeira ou se a informação confere. “E o aluno pode se tornar um curador”, diz, especialmente quando produz algo que diz respeito a sua área de estudo, algo da sua cultura ou de seu trabalho, onde sabe se as fontes são seguras. “Existem especialistas que escrevem sobre o assunto e passa isso adiante de maneira fidedigna, né? De maneira cuidadosa e agindo como um canal relevante”, explica.
Pedro Luiz Bulgarelli questiona que o estudo se tornará uma atividade constante, não se poderá parar de estudar ou de adquirir conhecimento, seja em linhas diferentes de estudo ou de pensamento. E isso vai exigir muito de nós. “Penso muito no quanto nós temos que ter esse cuidado com a informação, com a rotina de sempre estar buscando as fontes mais confiáveis, muito dentro do que a Dai falou, porque as coisas mudam tão rápido e numa velocidade que a gente não acompanha, porque muitas vezes uma verdade adquirida há um tempo atrás, hoje já ultrapassada”, diz, defendendo que é necessário se adaptar.
No Momento Qualificação. das 20h30 – 22h, o tema foi “A Odontologia do Século 21”, com um painel formado pelos conferencistas: Profa. Dra. Daniela Moura Parente Martins, UNIFSA. Prof. Dr. Patrick Quelemes, UNIFSA, e a Profa. Dra. Luanne Matos, UNIFSA.
No mesmo horário ocorreu a conferência “Medicina Veterinária: Área Multifacetada e repleta de oportunidades”, com os conferencistas: Profa. Dra. Julliet Teixeira de Oliveira Santos, UNIFSA.
SAIBA MAIS
As webconferências são organizadas em Momentos, como o Momento Formação; Momento Qualificação; Momento Carreira; Mostra de resultados parciais dos projetos de iniciação científica; Momento Cultural e Momento Gratidão. Além disso, conta com as novidades do “Papo Cabeça”; Momento Conexão Comunitária e Momento Educação Conectada.