A XIX SEMANA CIENTÍFICA (SEC 2021), promovida pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA), chega ao seu terceiro dia de evento com três webconferências do Momento Conexão Comunitária e uma do “Papo-Cabeça”, pela manhã. Nos turnos tarde e noite, os inscritos poderão participar de mais oito palestras online dos mais variados assuntos.
A programação ainda conta com as webconferências “Documentos obrigatórios em protocolos de pesquisa com seres humanos no Brasil” e “Plataforma Brasil: etapas de submissão, apreciação e procedimentos”, no Momento Formação, além da 2º parte da Mostra de Resultados Parciais NIP.
Durante a noite, o evento continua com a palestra “Formação continuada: você está preparado para estudar online?”, no Momento Educação Continuada; “Inteligência emocional e intuitiva” do Momento Gratidão e duas conferências do Momento Qualificação “A importância da qualificação contínua para o operador do Direito” e “Formação do arquiteto na contemporaneidade”;
MANHÃ
Às 8h30, os professores Dr. Tonny Kerley de Alencar, Prof. Me. Cícero Tadeu Tavares e o Prof. Me. Raimundo Nonato abriram a programação da manhã com a temática “FSA Júnior: O UNIFSA responsável socialmente com as empresas da comunidade”.
A coordenadora de extensão do UNIFSA, Professora Esp. Roberta Mara Araújo, fez a abertura do momento direcionando que ali seria um espaço de se compartilhar com os participantes a vivência de uma extensão.
“Falar da extensão é falar de um peso valioso nesse processo de ensino e aprendizagem. Porque a educação superior está apoiada no critério ensino, pesquisa e extensão. Então a gente vai estar compartilhando aí com vocês uma das extensões de grande sucesso e aproveitem ao máximo. Aproveito e convido aqueles que ainda não estão numa extensão que façam parte porque isso é de grande valia pro currículo acadêmico”.
Coordenadora de extensão do UNIFSA, Professora Esp. Roberta Mara
Em seguida, o Prof. Me. Raimundo Nonato comentou a importância das práticas em laboratório como chave no desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos e destacou que assim como os cursos de Direito, Odontologia, Enfermagem, Medicina Veterinária possuem seus laboratórios, o curso de Administração também possui o seu: o FSA Júnior.
“Nosso laboratório visa promover ações de responsabilidade social, para qualificar os novos alunos, preparando-os para o mercado de trabalho e não apenas os alunos da Administração, mas de outros cursos também”.
Prof. Me. Raimundo Nonato
O professor Dr. Tonny Kerley de Alencar comentou sobre a atividades desenvolvidas pela FSA Júnior, ações que envolvem tanto desenvolvimento de consultoria empresarial para empresas e desenvolvimento de pesquisas científicas.
“Esse é um dos principais diferenciais da nossa empresa júnior, em relação a outras. Enquanto está todo mundo focado em ofertar apenas a consultoria empresarial, apenas ações de consultoria às organizações, nós, além disso, estamos focados em desenvolver pesquisas científicas com os alunos a partir daquelas ações. Não são apenas alunos de administração, porque a gente precisa trabalhar com uma equipe multidisciplinar e conta com a participação de alunos de outros cursos”.
Prof. Dr. Tonny Kerley de Alencar
O professor Me. Tadeu Duarte destacou que a participação dos alunos na empresa Júnior muda a experiência e interesse acadêmico dos alunos, tornando-os mais interessados e participativos.
“Os alunos que fazem parte desse processo ficam diferentes, mais participativos na sala de aula e acabam criando um espírito de investigação porque estamos estimulando eles a fazerem pesquisa. O nosso foco na empresa júnior realmente é tornar este aluno preparado para o mercado de trabalho”.
Prof. Me. Tadeu Duarte
Também às 8h30, aconteceu mais um Momento Conexão Comunitária com a Profa. Ma. Seânia Santos Leal, comentando sobre o Projeto de Extensão “Trabalhador em Foco: UNIFSA na prevenção de doenças e promoção da saúde do trabalhador”.
De acordo com a Profa. Ma. Seânia Santos Leal, o projeto de ensino é voltado para comunidade e que também traz benefícios para o colaborador, de forma diversificada e aliada à Fisioterapia.
“Então quando a gente trabalha com responsabilidade, a gente geralmente associa a responsabilidade social a comunidade externa. Mas a comunidade interna também entra no âmbito da autorresponsabilidade, da responsabilidade social. Então o nome do projeto é trabalhador em foco- UNIFSA, na prevenção de doenças e promoção de saúde do trabalhador.”
Profa. Ma. Seânia Santos Leal
A manhã seguiu com mais experiências e vivências de responsabilidade social sendo compartilhadas no Momento Conexão Comunitária. Às 10h, o Prof. Me. Danilo Teixeira Mascarenhas de Andrade, UNIFSA, comandou a webconferência “Vistoria e elaboração de laudo e patologia em edificações”.
Durante o momento, os participantes puderam saber mais como aconteceu e a metodologia aplicada sobre o trabalho desenvolvido por professores e alunos da Engenharia Civil na comunidade do Bairro São Pedro, zona Sul de Teresina. O professor destacou a relevância acadêmica nos projetos sociais que são desenvolvidos, que vai desde a interação entre técnico e leigos, a utilização do aprendizado de sala de aula na prática e a oportunidade de trabalhar diretamente com a comunidade sem custo para a população.
“Essa interação entre o aluno que está prestes a se formar com um leigo, que é proprietário da casa, é interessante para ele entender até qual linguagem deve utilizar. Não se deve usar uma linguagem muito técnica quando você está se comunicando com a pessoa que não é da área. Então com esse projeto, ali com poucos metros de caminhada o aluno consegue tirar o que ele aprendeu na sala de aula e começa a aplicar para os vizinhos da instituição. Então, essa relevância é muito boa porque ele vê um impacto coletivo no próprio bairro”, destaca.
Prof. Me. Danilo Teixeira Mascarenhas de Andrade, UNIFSA
Encerrando as atividades da XIX Semana Científica no turno da manhã, às 11h, a Profa. Ma. Karoline Costa e Silva, UNIFSA, mediou mais um Momento “Papo-Cabeça”, dessa vez com a autora da obra “Pequena Enciclopédia de Seres Comuns”, Maria Esther Maciel.
Uma mistura de biologia e ficção, em um livro escrito no período de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, os participantes da Sec 21 puderam conhecer um pouco mais dos bastidores sobre a deliciosa enciclopédia que apresenta 76 seres dos reinos animal e vegetal.
A autora comentou que escolheu animais existentes ou que poderiam existir, além de plantas de diferentes espécies e ressaltou que nenhum dos seres da pequena enciclopédia é fantástico ou monstruoso, ao contrário dos manuais de zoologia fantástica antigos.
“Todos os animais vêm inclusive acompanhados dos seus nomes científicos e alguns são imaginários, muito poucos. Eu criei quatro e inclui um peixe literário de um conto, que é o Peixe-banana, e pra ele eu tive que inventar uma nomenclatura e pros outros eu também tive que inventar um nome científico. É claro, pesquisando os dicionários latim, para tentar entrar no registro dos demais. Porque todos os animais existentes que estão aqui tem nomes científicos e esses nomes entraram como referências. Busquei elementos zoológicos, botânicos sem abrir mão da imaginação”.
Escritora Maria Esther Maciel
TARDE
No Momento Formação, das 14h – 15h30, foi discutido nesta quinta-feira, os documentos obrigatórios em protocolos de pesquisa com seres humanos no Brasil, tendo como conferencistas dois membros do CEP – Comitê de Ética em Pesquisa: Profa. Ma. Keila Cristiane Batista Bezerra, CEP / UNIFSA, e o Prof. Me. Ismeraldo Pereira de Oliveira, membro do CEP / UNIFSA e atual coordenador de Engenharia Civil na Instituição. Segundo ele, o objetivo é orientar sobre os melhores procedimentos para que os .pesquisadores consigam obter uma aprovação nos comitês de ética o mais rápido possível. “Na Engenharia Civil, levamos nossas pesquisas mais na área da experimentação, mas numa dada circunstância, se o pesquisador resolve fazer uma pesquisa envolvendo o pessoal da obra, se quer aplicar um questionário, tem que aprovar no Comitê de Ética”, disse.
Além de explicar os procedimentos de submissão de projetos de pesquisa na Plataforma Brasil, os membros do CEP buscaram compartilhar experiências e conhecimentos. “Com relação à ética em pesquisa, gostaria de ressaltar que nós, membros do CEP, pessoas como muitos de vocês, somos profissionais e, também, estudantes, temos uma jornada acadêmica e estamos aqui representando os pesquisadores do CEP”, disse a professora Keila, que é nutricionista e professora universitária na área de nutrição. “Esse é um trabalho de formiguinha, né? Você se depara com tantos desafios e pensa que não vai sonseguir; é tudo muito rápido, mas você vai fazendo aos poucos e de repente, quando der conta, já fez muito”, explica. Ela também explicou o objetivo da comprovação científica. “O Lattes é muito importante porque traz as comprovações científicas, especialmente na área de pesquisa e das experiências, de toda a jornada acadêmica dos pesquisadores”, explicou.
No segundo momento Formação, 16h – 17h30, com as Profa. Ma. Celbe Patrícia Porfírio Franco, CEP / UNIFSA e Profa. Ma. Luciane Marta Neiva de Oliveira, CEP / UNIFSA, tratou-se da Plataforma Brasil: Etapas de Submissão, Apreciação e Procedimentos.
Entre os procedimentos, as professoras destacaram a questão do sigilo. “O pesquisado não pode se constranger. E isso deve vir especificado na metodologia. Se a metodologia mexe com a privacidade, com a confidencialidade, com a integridade do participante, é preciso proteger esses dados”, disse a profa. Luciane Marta. Se esses dados serão coletados pelo questionário, é necessário que os pesquisadores mandem o modelo de formulário que será aplicado. “Uma observação importante é que o questionário poderá ser o seu instrumento de coleta de dado, mas deve estar de acordo com a metodologia do projeto. Tem que estar tudo amarrado com o projeto. Para garantir a ética, temos que especificar ao participante da pesquisa, assistência integral e até indenização, isso, caso, durante o processo de intervenção, for gerado algum desconforto, alguma situação que gerar danos para os envolvidos na pesquisa”, explica.
A professora explicou que os pesquisadores são os responsáveis pelo trabalho e isso tem que estar dito no projeto de pesquisa. “Nós somos responsáveis pela assistência se ocorrer algum dano a saúde do participante da pesquisa”, explica.
A Profa. Ma. Luciane Marta Oliveira também discutiu a participação do CEP nas pesquisas em desenvolvimento, conferindo os aspectos éticos envolvendo os participantes da pesquisa. “Nesse caso, o comitê de ética interfere, sim, em algumas situações. O CEP é uma instância multidisciplinar, que avalia os protocolos de pesquisa envolvendo pesquisas com seres humanos”, explicou.
Já a profa. Celbe Franco citou o CEUA, “Para os que irão pesquisar com animais, tem o CEUA. Esse comitê já existe, e o coordenador é o professor Bernardo. Também faço parte desse comitê”, disse a profa. As professora detalharam o processo de submissão na Plataforma Brasil, instruindo sobre os procedimentos necessários para diminuir as rejeições de projetos de pesquisa. “Nosso intuito é, também, com essas oficinas que o Comitê de Ética realiza dentro da Semana Científica é exatamente orientar sobre os protocolos de pesquisa, fazendo com que os projetos voltem com menor frequência, que tenham menos erros. Projetos deve incluir o manejo de dados, das informações e dos materiais biológicos, prontuários, e tudo tem que ser enviado para apreciação do Comitê de Ética”, disse.
NOITE
No Momento Carreira, das 18h30 – 20h, ocorreu a mesa “Formação Continuada: você está preparado para estudar online”, com as conferencistas Profa. Ma. Eldelita Águida Porfírio Franco, UNIFSA, e Profa. Dra. Izabel Herika Gomes Matias Cronemberger, PÓS / UNIFSA.
A discussão foi em torno das possibilidades e desafios da carreira profissional com as tecnologias, da qual resultam duas dimensões: o soft skills e o hard skills. No Soft Skills, são habilidades que não coloco no meu currículo; é a minha minha capacidade de articulação, são as habilidades e competências que eu tenho e que são desenvolvidas por mim, mas que não aprendi na academia. São as aptidões mentais, emocionais, sociais, que são facilmente qualificáveis, como a criatividade, a capacidade de se comunicar ou de liderar”, disse. Por outro lado, as hard skills são as habilidades que podem ser verificadas, que são aquelas que são registradas no currículo, como o curso superior, todos os minicursos cursados, as capacitações e as microcertificações que legitimam as aptidões técnicas, como cursos que podem ser quantificados. E, nesse sentido, ela destaca a rede social voltada para os profissionais, que é o LinkedIn. “Quando você vai pro LinkedIn, você se coloca, busca empregos. O mercado não está interessado se eu sou administradora, se sou contadora, se sou engenheira, farmacêutica, mas, sim, se tenho capacitação em Canvas, se sei mexer com essa ferramenta organizacional. Hoje, o mercado busca muito essas microcertificações”, explica.
Já a Profa. Dra. Izabel Herika Gomes Matias Cronemberger, coordenadora da Pós-Graduação no UNIFSA chamou a atenção para o que se deseja realmente construir com a carreira profissional, com a graduação e as pós-graduações. Abrir novas portas e oportunidades? “Mas não pense que isso tudo vem de graça, não. Tem investimento, tem que ter dedicação. Você tem que sentar, você tem que se dedicar. E são horas de imersão. E muitas vezes você não tem um entendimento claro do que quer fazer”, questiona.
Para ela, as transformações são inevitáveis. “No meu caso, acredito na necessidade de uma transformação positiva, com ética, com solidariedade, para um mundo melhor, mais igualitário, mais fraterno e, dentro desse cenário, que a gente nunca pare de aprender. A aprendizagem deve fazer parte da vida”, disse. E essa constatação acompanha o egresso em sua trajetória no mercado de trabalho. “Você se formou, e agora? Como no poema, e agora, José? E agora? Com a chave na mão, você quer abrir a porta, mas não tem porta”, questionou. Para a professora, a formação vai exigir cada vez mais dedicação, concentração, a capacidade de estudar, de persistir, de desenvolver habilidades. “Continuar os estudos na sua área profissional, e ser um especialista, abre as portas pra vida, e traz possibilidades que você nunca imaginou”, disse.
O Advogado Prof. Fanuel Andrade foi o convidado do Momento Qualificação. Entre 20h30 – 22h, ele falou sobre “A Importância da Qualificação Contínua para o operador do Direito”, sendo mediado pelos coordenadores do curso de Direito no UNIFSA, Prof. Me. Marcus Vinícius N. Lima, Prof. Me. Fabrício F. Carvalho, e Prof. Me. Gustavo Tupinambá. Fanuel Andrade exalta a necessidade da qualificação contínua. “Hoje já não se admite mais a pronúncia com base em elementos auridos exclusivamente na fase policial, mas tudo isso só se consegue quando se trabalha uma argumentação jurídica, quando se tem conhecimento”, disse, citando que, quando se faz uma especialização, o profissional vai mais fundo, e consegue compreender as categorias próprias do direito processual penal, do direito penal. “Na faculdade, a gente sabe que existe um esforço muito grande, mas são muitas disciplinas e o tempo é muito curto. Então, daí, a necessidade e a importância de buscar mais conhecimento”, explica.
O professor Me. Fabrício F. Carvalho comentou sobre a mudança que ocorreu em todo o sistema jurídico. “Não foi uma lei qualquer, né? Foi o código que alterou todo o sistema. Todo ramo do direito é um código, e você dormiu no dia 15 de março 2016, com a vigência do CPC de 73, e acordou dia 16 de março com o CPC em 2015 a todo vapor né? E o que que acontece? Influi sobre os prazos por exemplo. Os prazos que estavam correndo, quando chega novo código”, disse.
Prof. Me. Gustavo Tupinambá destacou que as atuais demandas são muito emergentes. “Tudo é muito emergente, tudo é muito urgente e eu acho, inclusive, que uma das grandes discussões que a gente deve trazer pro mundo do direito, atualmente, seja o Direito visto como ciência ou como técnica, mas antes de tudo, é se o Direito consegue acompanhar as transformações sociais porque ele sempre esteve a um passo aquém das transformações na sociedade, né? Mas uma sociedade tão digital em que tudo é tão instantâneo, é necessário capacitar-se, atualizar-se”, disse.
Já o Prof. Me. Marcus Vinícius N. Lima falou sobre as novas perspectivas no Direito, especialmente, de um novo processo penal. “Tem uma nova linha que está sendo criada, um novo processo penal, que é mais democrático, um processo que é mais humano, e que vem, sobretudo, de escola lá do Rio Grande do Sul”, conta. “Eu sou fã, porque é outro mundo, é outra realidade e aí, a gente só pega isso pesquisando e estudando, é claro”, explica.
Também no horário das 20h30 – 22h, ocorreu a mesa “Formação do Arquiteto na Contemporaneidade”, com o Arquiteto Ronaldo Veras e o Professor e Arquiteto Sérgio Lebre, sendo mediados pela profa. Neuza Brito, atual coordenadora do curso de Arquitetura no UNIFSA.
Ela falou, inicialmente, das transformações por que passaram o profissional da arquitetura na contemporaneidade, destacando os talentos do convidado, Ronaldo Veras. “Esse arquiteto brilhante, que veio aqui nos presentear, com suas obras”, disse.
Sérgio Lebre discutiu como é possível ser um bom arquiteto dedicando-se e estudando muito.. “Quero mostrar que você, mesmo sem ter o dom, mesmo sem talento, você consegue cehgar lá com muito treino, com muita técnica. Por exemplo, todo mundo fala que eu sou um craque no desenho, mas isso é resultado de muito esforço pois meu traço nem de longe é um traço perfeito”, explica. O professor explica que quando começa a dar aula de perspectiva, tem sempre um aluno manifestando o desejo de desenhar igual. “Mas ai vejo o desenho do aluno e digo: o teu traço é um traço muito firme, e tenho certeza que aprendendo a técnica que vou te ensinar, você vai passar de mim, vai desenhar melhor que eu”, conta.
O seu professor de projeto deve ser como o cliente. Se por acas ele não gostar, tenha paciência, confie no professor. Essa é a primeira dica que eu dou pra vocês, tá?.
SÉRGIO LEBRE
Considerado um dos grandes nomes da Arquitetura, Ronaldo Veras comemora 23 anos de formação, dando um conselho aos estudantes: “Se você fica achando que não tem traço ou na dúvida se desenha bem, eu acho que tudo isso é treino, é disposição, é vontade. Eu acho que o arquiteto tem que ser muito curioso, e eu sou muito curioso até hoje. Então, eu sempre gostei muito de desenhar a mão, muito, muito, e passei isso pro meu filho, Rafa”, conta.
Ronaldo diz que sempre acreditou muito na curiosidade do profissional. “Eu acho que vale muito a gente realmente ter essa curiosidade, buscar esse tempero necessário a um profissional de arquitetura, né? Eu gosto de criar meus projetos, de falar um pouco da criação do meu projeto”, revela. Sobre o método de trabalho, fala do acervo de informações. “Às vezes, o cliente nem fechou, e num bate-papo, a gente que é arquiteto, começa a montar um monte de informação na cabeça. Então, eu sempre digo: vejam revistas. Eu gosto de revista, muito mesmo, tenho muitas revistas de papéis, vejo revistas, entro em sites, para adquirir uma bagagem. Assim, quando o cliente começa a falar, essa bagagem, essa nuvem vai se formando e após fechado, a gente tem umas duas reuniões pra ir realmente pegando todas as necessidades. Hoje, o cliente chega com muita foto, do que viu, do que gostou, do que reparou. Tem umas pastinhas de cheias de imagens, o queb facilita pra quem não sabe falar, facilita muito pra gente saber a linguagem, do que ele tá querendo dizer pra gente”, explica.
No Momento Gratidão, das 20h30– 21h30, ocorreu a 3ª Prática – Inteligência Emocional e Intuitiva, com Larissa Vasquesz (@larissavasquesz), tendo como mediador Prof. Me. Bernardo Melo, com a participação do prof. Danyel Castelo Branco, coordenador do curso de Fisioterapia do UNIFSA.
Larissa é formada em Psicologia – Formação de Psicólogo pela Faculdade Santo Agostinho (2008). Atualmente é psicóloga, terapeuta transpessoal e instrutora de Yoga – Espaço v.i.d.a.. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Programas de Atendimento Comunitário e intervenção terapêutica. Ela exaltou a necessidade de refletir sobre a nossa condição humana na terra e com a terra. “Essa questão do quociente emocional foi falado bastante há cerca de dez, vinte anos atrás, por autores como Daniel Bohler, com o livro sobre inteligência emocional. Ele fala sobre resiliência, e o quanto você é resiliente, como você lida com as suas emoções, uma vez que o sentimento, as frustrações, aquilo que você não controla, aquilo que você planejou, mas saiu diferente do realmente você esperou. Mas é importante aprender a lidar com as emoções, de forma resiliente”, explica.
E, nesse sentido, a terapeuta diz que não adianta só ter racionalidade e ser uma pessoa com memória privilegiada, que absorve todo tipo de conteúdo, se comportando como uma enciclopédia viva. “Se não tiver conexão, se não tiver uma empatia para que outras pessoas também recebam aquilo que você pode dar, então é importante desenvolver o quociente emocional e se conectar consigo mesmo com a vida e com o outro”, explica.