Os farmacêuticos, assim como outros profissionais da saúde, são fundamentais no enfrentamento da Pandemia da COVID-19, especialmente, por atuarem na cadeia de produção e dispersão de medicamentos em farmácias, estabelecimentos hospitalares e nos centros de assistência médica e laboratoriais.
No dia 14 de maio, esse foi o tema de uma webconferência que abordou um dos aspectos da atuação farmacêutica no combate à pandemia: o diagnóstico laboratorial do COVID-19.
O tema foi abordado pela Profa. Débora Alencar (coordenadora da Pós-Graduação em Análises Clínicas e Toxicológicas do UNIFSA), com a mediação do Prof. Manoel Pinheiro Lúcio Neto.
De acordo com a Profa. Débora Alencar, na referida webconferencia que tratou da atuação farmacêutica no diagnóstico laboratorial do COVID-19, discutiu-se os tipos de exames existentes para o diagnóstico, tanto o diagnóstico na fase inicial, feito pelo teste molecular RT-PCR em tempo real, quanto o teste rápido, no qual a coleta deve ser realizada após 8 a 10 dias do início dos sintomas. “No RT-PCR, conseguimos detectar a presença do vírus nas secreções de orofaringe e nasofaringe. No teste rápido, pode-se fazer coleta de sangue venoso, soro ou coleta com capilar dependendo do kit utilizado, e permite detectar a presença de Imunoglobulinas de defesa ativa (IGM) e/ou Imunoglobulinas de Memória (IGG)”, explicou a professora.
Além destes exames, foram abordados os testes sorológicos, que detectam a presença de Antígeno ou Anticorpo de fase aguda, e que logo estarão disponíveis em todos os laboratórios clínicos do Estado. “Falamos tudo baseado nos artigos publicados, nos protocolos de manejo clínico da SESAPI e na experiência in loco obtida no LACEN, onde atualmente participo da equipe responsável pelo diagnóstico do COVID-19 no Piauí”, explicou a professora. “Procuramos demonstrar a realidade do que está acontecendo relacionado ao diagnóstico e protocolos de tratamento, que foi a fala do prof Manoel Pinheiro”.
A boa recepção do tema pela audiência da webconferência levou a professora a pensar na sequência desse tema, em um próximo encontro, trazendo uma nova visão das análises clínicas. “Foi isso que me deixou bastante empolgada, pois estamos intencionados em iniciar a turma de Pós-graduação em Análises Clínicas e toxicológicas. Cada vez mais precisamos resgatar as análises clínicas como campo de atuação, sendo essencial para conclusão do diagnóstico clínico de todas as doenças. E isso tem sido muito destacado e evidenciado nesse cenário que estamos vivendo e vivenciando”, explica.