No dia 18 de maio, é celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial que caracteriza-se pela luta por direitos das pessoas com sofrimento mental. Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais propõem a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil.
De acordo com o egresso de Psicologia e professor de pós-graduação em “Saúde Mental e Atenção Psicossocial” do UNIFSA, Me.Ismael Mendes da Silva, que participou, no dia 17, de uma audiência pública na Câmara dos Deputados Federal sobre o tema: “Comunidades terapêuticas e Organizações da Sociedade Civil que prestam atendimento como hospitais psiquiátricos”, as comunidades terapêuticas representam um retrocesso na política de saúde mental e na luta antimonicomial.
“A internação psiquiátrica só será considerada em último caso e após todos os recursos de cuidados estiverem esgotados. Para além, dessa e diversas questões que vão contra a reforma psiquiátrica e a luta antimonicomial, o financiamento público às comunidades terapêuticas contribui de forma efetiva para o desmonte das instituições e propostas públicas do SUS e SUAS. Mesmo com tantas vaias, não baixamos a voz e continuamos gritando: ‘Nem um passo a mais, manicômios nunca mais!’, destacou o professor após a audiência em que se presente, ao lado de profissionais, usuários representantes do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e de entidades como a Frente Nacional de Negros e Negras da Saúde Mental.
O egresso, que é Mestre em Psicologia pela USP e Doutorando em psicologia pela UNB, ainda destacou, “Que o dia de hoje represente a luta e a vitória de tantos! Mas que represente a força e a luta de um movimento contínuo, vivo e incansável”.